ANÁLISE DO FILME ÓLEO DE LORENZO: PRÁTICA DE MÁS NOTÍCIAS E PROTOCOLO SPIKES

ANÁLISE DO FILME ÓLEO DE LORENZO: PRÁTICA DE MÁS NOTÍCIAS E PROTOCOLO SPIKES

• Autor
• Beatriz Moraes Gonçalves
• Co-autores
• Éverton Chaves Correia Filho , Felipe Lopes de Freitas , José Henrique de Sousa , Sarah Godoi de Carvalho , Eliana Mendonça Vilar Trindade
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A partir dos estímulos audiovisuais e do exercício da reflexão, o cinema constitui um novo sistema de linguagem no registro da realidade social, sendo uma ferramenta de validade científica. Assim, buscou-se analisar a conduta médica representada no filme “O Óleo de Lorenzo”. METODOLOGIA: Foi feita uma revisão de literatura assistemática do filme “O Óleo de Lorenzo”, de George Miller (1992). Para coleta de dados foram utilizadas as bases SCIELO e PUBMED, sendo selecionados artigos em português que abordam aspectos bioéticos da relação médico-paciente diante de doenças degenerativas. Usou-se como descritores: “adrenoleucodistrofia”, “prática de más notícias”,“protocolo SPIKES”. DISCUSSÃO: O filme “O óleo de Lorenzo” retrata o drama de uma família frente ao diagnóstico de adrenoleucodistrofia (ALD), doença de origem cromossômica, rara, neurodegenerativa e incurável, cujo tratamento é apenas retardatário. Além disso, em algumas cenas do filme foi possível observar falhas quanto à comunicação de más notícias, uma vez que o médico foi pouco empático e não cauteloso, o que é relevante para reflexões bioéticas. O conceito de má notícia pode ser compreendido como sendo a informação que altera, de maneira negativa, a perspectiva do paciente e/ou de sua rede de apoio acerca do futuro. Nesse sentido, para que haja uma boa abordagem clínica é necessário o estabelecimento de vínculo por meio da relação médico-paciente, o que demanda um atendimento humanizado na prática médica. Diante disso, no que tange ao papel do médico, surgem protocolos que adotam princípios bioéticos com o intuito de garantir uma atenção integral ao paciente. No Brasil, adota-se o protocolo “SPIKES”, que abrange os princípios de não maleficência e beneficência, cuja sigla direciona o médico, sobretudo na prática de más notícias, a se preparar para o encontro (S - setting up), perceber o paciente (P - perception), convidar para o diálogo (I - invitation), transmitir informações (K - knowledge), expressar emoções (E - emotions) e resumir e organizar ideias (S - Strategy and Summary). CONCLUSÃO: Conforme a ADL é uma doença incurável, o médico deve estar preparado na prática de más notícias e ressignificar o processo de adoecimento, guiando-se pelo protocolo SPIKES. Isso possibilita o resgate de uma conscientização humanista para a construção de uma relação médico-paciente de confiança, respeito e empatia.

• Palavras-chave
• "adrenoleucodistrofia", "prática de más notícias", "protocolo SPIKES".
• Área Temática
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