MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO POR REGIÕES DO BRASIL
Introdução: O câncer de colo do útero (CCU) é o terceiro tipo mais comum em mulheres. Fatores de risco e baixa adesão ao exame de prevenção estão relacionados às taxas de mortalidade por esse câncer. Esse estudo verificou fatores que influenciam a taxa de mortalidade por CCU, por região brasileira. Metodologia: Estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo, que analisou a taxa de mortalidade por CCU disponibilizadas na base de dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) no período de 2014 a 2018. No momento da coleta, os dados oficiais de 2019 ainda não estavam disponibilizados. Foram utilizados ainda a base de dados do DATASUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) para coleta de dados de fatores associados: cobertura vacinal e Indice de Desenvolvimento Humano (IDH). Resultados e discussão: A maior taxa de mortalidade por CCU foi na região Norte (12,33), seguida de Nordeste (6,46), Centro-Oeste (6,13), Sul (4,92) e Sudeste (3,71). O menor percentual de pessoas que fizeram o exame de prevenção foi no Norte (21%). Apesar da maior cobertura vacinal pertencer ao Norte (25%), essa região apresentou o maior percentual de pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra HPV, mas não receberam a segunda dose. O menor IDH foi encontrado no Norte e Nordeste (faixa média 0,600 a 0,699). Logo, fatores como escolaridade e renda per capta utilizados na formação do IDH podem estar relacionados com adesão ao rastreamento, prevenção e taxa de mortalidade. Uma melhor educação contribui para reduzir as dificuldades, como falta de informação da paciente, vergonha ou medo da positividade do exame. E a maior renda per capta pode facilitar o rastreio e prevenção através do setor particular, aumentando o número de exames de rastreio e cobertura vacinal contra o HPV. Conclusão: Por meio desse estudo notou-se que fatores como exame de prevenção, esquema vacinal e IDH tem influência na diferença da taxa de mortalidade por CCU entre as regiões do país. Sendo assim, ações que viabilizem a informação e a sensibilização das usuárias da atenção primária à saúde sobre as recomendações do Ministério da Saúde quanto a prevenção e o rastreamento do CCU são fundamentais para redução da mortalidade no país.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
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Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
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Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
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Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
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João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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