Título: Avaliação da influência protetora do aleitamento materno contra a obesidade pediátrica.
Introdução: A obesidade revela-se pela gordura corporal em excesso e causa prejuízo à saúde. A prevalência desta doença na infância é crescente e pode ser associada ao aleitamento materno deficiente. O objetivo desta revisão é avaliar o efeito protetor da amamentação contra a obesidade.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foi realizada uma pesquisa de artigos científicos nas bases de dados SciELO e PubMed, com os descritores “Aleitamento Materno”, “Obesidade Infantil”, “Obesidade Pediátrica”, “Amamentação”. Foram avaliados e selecionados cinco artigos, publicados em inglês e português, limitando-se ao período de 2004-2020.
Discussão: Sendo um problema de saúde crescente, a obesidade infantil é considerada uma epidemia, ao passo que o aleitamento tem se mostrado benéfico na prevenção desse mal. A OMS recomenda o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até os 6 meses de vida e complementado até os 2 anos ou mais. Considera-se AME quando a criança recebe leite materno, podendo receber soro oral, vitaminas e medicamentos, sem incluir qualquer outro líquido ou alimento. Um estudo com pré-escolares mostrou que, a criança não amamentada, tem 2,5 vezes mais chances de desenvolver excesso de peso quando comparada com quem recebeu o aleitamento. Achou-se uma alta taxa de insulina plasmática em crianças alimentadas com fórmula, o que leva ao desenvolvimento precoce de adipócitos. Sabe-se ainda que a amamentação atua na redução da prevalência de obesidade tardia, por mecanismos comportamentais ou hormonais, podendo ser explicada pela interação entre predisposição genética e ambiente obesogênico. O leite materno, comparado ao leite adaptado, apresenta menor teor proteico e energético, além de conter leptina e hormônio do crescimento. A leptina atua inibindo o apetite e as vias anabólicas e estimulando as vias catabólicas. Portanto, a nutrição nos primeiros meses de vida pode modular a regulação da ingestão de alimentos, a adiposidade e a predisposição para a obesidade.
Conclusão: A partir da análise bibliográfica, então, é possível observar relação entre o aleitamento materno e a prevenção da obesidade infantil. Os estudos demonstraram que a amamentação pode ser um meio viável de proteção à criança, influencia quimicamente no seu desenvolvimento, gerando resultados tanto na infância quanto na vida adulta. Logo, é de suma importância que mais estudos explorem o tema, tendo em vista os benefícios que pode trazer a curto e longo prazo.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica