Avaliação da influência protetora do aleitamento materno contra a obesidade pediátrica.

  • Autor
  • Ana Carolina Augusto Rocha
  • Co-autores
  • Caroline da Silveira Andrade , Evellyn Cristiny Pereira Marinho Bezerra , Henrique Salmazo da Silva
  • Resumo
  • Título: Avaliação da influência protetora do aleitamento materno contra a obesidade pediátrica.

    Introdução: A obesidade revela-se pela gordura corporal em excesso e causa prejuízo à saúde. A prevalência desta doença na infância é crescente e pode ser associada ao aleitamento materno deficiente. O objetivo desta revisão é avaliar o efeito protetor da amamentação contra a obesidade.

    Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que foi realizada uma pesquisa de artigos científicos nas bases de dados SciELO e PubMed, com os descritores “Aleitamento Materno”, “Obesidade Infantil”, “Obesidade Pediátrica”, “Amamentação”. Foram avaliados e selecionados cinco artigos, publicados em inglês e português, limitando-se ao período de 2004-2020.

    Discussão: Sendo um problema de saúde crescente, a obesidade infantil é considerada uma epidemia, ao passo que o aleitamento tem se mostrado benéfico na prevenção desse mal. A OMS recomenda o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até os 6 meses de vida e complementado até os 2 anos ou mais. Considera-se AME quando a criança recebe leite materno, podendo receber soro oral, vitaminas e medicamentos, sem incluir qualquer outro líquido ou alimento. Um estudo com pré-escolares mostrou que, a criança não amamentada, tem 2,5 vezes mais chances de desenvolver excesso de peso quando comparada com quem recebeu o aleitamento. Achou-se uma alta taxa de insulina plasmática em crianças alimentadas com fórmula, o que leva ao desenvolvimento precoce de adipócitos. Sabe-se ainda que a amamentação atua na redução da prevalência de obesidade tardia, por mecanismos comportamentais ou hormonais, podendo ser explicada pela interação entre predisposição genética e ambiente obesogênico. O leite materno, comparado ao leite adaptado, apresenta menor teor proteico e energético, além de conter leptina e hormônio do crescimento. A leptina atua inibindo o apetite e as vias anabólicas e estimulando as vias catabólicas. Portanto, a nutrição nos primeiros meses de vida pode modular a regulação da ingestão de alimentos, a adiposidade e a predisposição para a obesidade.

    Conclusão: A partir da análise bibliográfica, então, é possível observar relação entre o aleitamento materno e a prevenção da obesidade infantil. Os estudos demonstraram que a amamentação pode ser um meio viável de proteção à criança, influencia quimicamente no seu desenvolvimento, gerando resultados tanto na infância quanto na vida adulta. Logo, é de suma importância que mais estudos explorem o tema, tendo em vista os benefícios que pode trazer a curto e longo prazo.

  • Palavras-chave
  • Aleitamento materno, Obesidade, Crianças.
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