Perfil epidemiológico da Tuberculose no Distrito Federal nos anos de 2017 e 2018.

Perfil epidemiológico da Tuberculose no Distrito Federal nos anos de 2017 e 2018.

• Autor
• Catharina Machado Bandeira de Melo
• Co-autores
• Ana Luiza Dias Moreira , Nathana Oliveira do Prado , Kássia Rejane Oliveira Bueno , Káritta Horrana de Jesus Figueiredo , Sônia Maria Geraldes
• Resumo

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  Introdução: A tuberculose (TB) é uma infecção causada pela Mycobacterium tuberculosis e, apesar de acometer principalmente os pulmões, pode manifestar-se em sítios extrapulmonares. Ainda é um problema de saúde pública no Brasil e no Distrito Federal, já que todos os anos são notificados novos casos e óbitos. Metodologia: O estudo foi feito a partir de pesquisa descritiva, transversal, de natureza quantitativa, a partir do banco de dados Doenças e Agravos de Notificação – Tuberculose (SINAN) disponíveis no DATASUS. Foram considerados os diagnósticos de tuberculose no Distrito Federal (DF) de 2015 a 2018, objetivando delinear o perfil clínico do paciente acometido e seu desfecho. Foram utilizados também dados do Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Saúde do DF. Resultados e discussão: A transmissão da TB ocorre por inalação de aerossóis contaminados, acometendo pessoas em situação de rua, aglomerações e portadores de HIV. Em 2018 no DF, a incidência foi de 12 casos por 100000 habitantes, maior em relação a 2017 (10,6). Foram notificados 374 novos casos em 2018, e as maiores incidências ocorreram nas regiões Sul (Gama e Santa Maria) e Centro Sul (Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Guará e Estrutural), com 13,5 e 13,1 casos por 100000 habitantes, enquanto a menor (6,5) foi na região Central (Plano Piloto). Dos casos, 66,3% acometeram a população masculina, principalmente entre 20-34 anos. Em relação aos novos casos de TB pulmonar em 2017, o abandono do tratamento foi de 11% e a cura foi de 45%. O MS recomenda o Tratamento Diretamente Observado (TDO) por um profissional, para aumentar adesão. Esse foi realizado em 44,5% dos novos casos, e não foi observado nos 3 óbitos. A porcentagem de coinfecção de HIV-TB foi de 14,8%, superior à média brasileira (9,2%). Conclusão: A TB carrega grandes estigmas e está diretamente relacionada com as condições socioeconômicas e de moradia da população. No DF, a incidência foi maior nas regiões Sul e Centro Sul, que apresentam menores rendas per capita em relação à Central. É fundamental que o TDO seja ampliado e contemple todos os doentes, evitando o abandono do tratamento, os óbitos e diminuindo à transmissão. Além disso, a porcentagem de cura poderia alcançar os 85% previstos para TB pulmonar pelo Ministério da Saúde.

• Palavras-chave
• Tuberculose; Distrito Federal; Epidemiologia
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