Ruptura de Aneurisma de Aorta Abdominal: uma revisão dos relatos de caso dos últimos 5 anos

  • Autor
  • Rafaella Oliveira Dias
  • Co-autores
  • Marcos Igor Albanaz Vargas , Ana Carolina Pinheiro Monici , André Aureliano Moreira Marques , Lucas Monteiro Viana , Camila Cordeiro Godinho
  • Resumo
  • Introdução

    O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é definido como uma dilatação permanente maior do que 30 mm na luz arterial. Apesar de ocorrerem 3 vezes mais em homens, o risco de ruptura é maior nas mulheres, sendo essa a principal complicação, caracterizada como emergência cirúrgica.

     

    Metodologia

    Revisão de literatura com busca nas bases de dados PubMed/MEDLINE, SciELO e LILACS, utilizando os descritores ("rupture" AND "abdominal aortic aneurysm") pesquisados no MeSH e no DeCS. Foram selecionados relatos de caso nacionais e internacionais, publicados nos últimos 5 anos, que melhor abordaram o AAA e excluídos os duplicados ou não disponíveis, por fim, restringiu-se a 14 artigos.

     

    Discussão

    Clinicamente, AAA apresenta-se assintomático ou sintomático - dor abdominal súbita e intensa ou queixa álgica na região lombar. Nos casos de ruptura, há instabilidade hemodinâmica, evidenciada por hipotensão e palidez cutânea, com elevado índice de mortalidade. Diagnóstico e intervenção precoces são essenciais para controle da morbimortalidade, principalmente em associação de tumor.

    A baixa especificidade do exame físico torna exames complementares de imagem indispensáveis para o estudo anatômico e da extensão. Nos pacientes estáveis, destacam-se ultrassonografia (USG), para rastreio, além de tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética, para avaliação pré-cirúrgica. Já nos instáveis, USG permite agilidade na intervenção.

    Tratamento de AAA sem ruptura inclui o controle dos fatores de risco para evitá-la. Nos casos rotos, opta-se por intervenção cirúrgica aberta, quando a anatomia é desfavorável ou há acometimento renal, ou pela via endovascular (EVAR). EVAR possui menor incidência de isquemia intestinal, contudo há relatos de muitos casos de complicações pós-operatórias, principalmente endoleak dos tipos Ia, II persistente e III sintomático, além de endotensão. TC é o exame de eleição para avaliação dessas complicações e direcionamento na reintervenção cirúrgica aberta. A mortalidade nos 30 dias após a abordagem em ambos tratamentos é semelhante.

     

    Conclusão

    Ruptura ainda é a principal complicação do AAA e o seu rastreio continua com papel fundamental na sua prevenção. A escassez de sintomas, em casos não complicados, e a gravidade de suas complicações, quando não prevenidas, evidenciam tal importância. USG abdominal deve ser o exame de escolha, com avaliação periódica do diâmetro do AAA, para análise de risco. O aumento dos relatos de endoleak em EVAR alerta para a necessidade de maiores estudos sobre essa correlação.

  • Palavras-chave
  • Aneurisma, Aorta Abdominal, Ruptura
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