INTRODUÇÃO: Diversos estudos identificaram maior taxa de suicídio em pacientes oncológicos em comparação com a população geral. Dentre esses pacientes, os acometidos por câncer de pulmão possuem as maiores taxas de suicídio. Esse estudo visa analisar os fatores de risco envolvidos nesse contexto. METODOLOGIA: O levantamento bibliográfico foi efetuado por meio de bases de dados, com investigação de artigos científicos indexados no PubMed e na BVS, cujos critérios de inclusão foram: publicados nos últimos 10 anos; em português ou inglês; publicados em periódicos disponibilizados em bases de dados e na íntegra. Os descritores utilizados foram: “risk suicide” AND “lung cancer patients”. DISCUSSÃO: Nos EUA, o risco de suicídio em pacientes com câncer de pulmão é quase cinco vezes maior do que na população geral, com um pico treze vezes maior em três meses após o diagnóstico do câncer pulmonar. Nesse sentido, fatores demográficos específicos que foram associados a esse risco são sexo masculino (quatro vezes maior do que em mulheres) e idade avançada, possivelmente relacionados a depressão. Embora a depressão pareça ser maior em pacientes do sexo feminino, os pacientes do sexo masculino têm maior probabilidade de sucesso em terminar com a própria vida. Ademais, baixo apoio familiar e nível socioeconômico também foram relacionados com o suicídio nessa população. Com relação a sintomatologia, tem-se a falta de ar, tosse e diminuição das atividades diurnas afetando o sono, além dos sintomas dolorosos graves, referente às repercussões do câncer, que levam à desesperança. Nesse cenário, características de mau prognóstico do tumor e doença metastática podem levar ao aumento de tal desesperança. No entanto, 52% dos suicídios por câncer de pulmão ocorreram em pacientes com estágios potencialmente curáveis. Tal contexto pode ser explicado pelo conhecimento deficiente sobre o prognóstico da doença, sensação de culpa, sistemas de suporte deficientes ou fatores pessoais. CONCLUSÃO: Pacientes com câncer de pulmão têm maior risco de suicídio após o diagnóstico da doença, sendo maior, particularmente, nos mais velhos, viúvos, sexo masculino e com características de tumores desfavoráveis. Deve-se identificar os pacientes vulneráveis para fornecer avaliação psicológica, suporte adequado, entendimento, ao paciente, sobre o diagnóstico da doença e modalidades de tratamento, propondo também a comunicação familiar e, assim, reduzir o risco de suicídio nesses indivíduos.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica