A abordagem do choque cardiogênico: uma revisão de literatura

  • Autor
  • Marcus Gabriel Corrêa Loureiro
  • Co-autores
  • Juan Luca Menezes de Mello , Emanoelle Cristina Machado da Silva , Henrique Puton , Renato Rodrigues Fernandes , Marcus Tulius Cícero Barros Loureiro
  • Resumo
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    Introdução: o choque cardiogênico é caracterizado por hipoperfusão sistêmica ocasionada por redução do débito cardíaco sem alteração da volemia. O infarto agudo do miocárdio é a principal causa em até 80% dos casos. O diagnóstico se baseia em critérios clínicos, hemodinâmicos e laboratoriais. 

    Métodos: realizou-se uma revisão de literatura de artigos publicados a partir de 2015 que abordaram sobre choque cardiogênico em bases eletrônicas (PubMed, ScieLO e LILACS). Os termos utilizados como descritores foram: “choque cardiogênico”, “drogas vasoativas” e “insuficiência cardíaca aguda”. Selecionou-se 5 artigos que apresentaram melhor abordagem sobre o tema. 

    Discussão: a abordagem do choque cardiogênico após confirmação através dos critérios clínicos (pressão arterial sistólica<90 mmHg por mais de 30 minutos ou com suporte para manutenção acima de 90mmHg, congestão pulmonar e sinais de hipoperfusão periférica) , laboratorial (lactato>2,0 mmol/L) e hemodinâmicos (índice cardíaco<2,2L/min/m², pressão de oclusão da artéria pulmonar?15 mmHg e frequência cardíaca>60bpm) torna a estabilização e a investigação da lesão miocárdica prioridades do atendimento inicial de emergência. A conduta busca promover perfusão tecidual, retardar a progressão da lesão miocárdica e melhorar o prognóstico da função cardíaca. O tratamento se viabiliza através de medidas de suporte geral, monitorização hemodinâmica invasiva, cineangiocoronariografia e tratamento farmacológico com drogas vasoativas em baixas doses por apresentarem efeito inotrópico positivo. A prescrição dessas drogas deve apresentar o menor período e menor dose necessários ao tratamento para redução dos efeitos adversos, como: aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio e vasoconstrição isquêmica.  Os pacientes refratários ao tratamento proposto devem ser incluídos na avaliação para introdução de balão intra-aórtico e, caso não apresentem resposta, a inserção de dispositivo de assistência circulatória mecânica ou transplante cardíaco. 

    Conclusão: o choque cardiogênico é uma emergência com elevada taxa de mortalidade de até 70% dos casos ao utilizar apenas o manejo clínico. No entanto, ao incluir revascularização precoce no tratamento da principal etiologia associada à terapia medicamentosa efetiva, reduz até 50% desse valor, o que evidencia o benefício da abordagem rápida pela equipe de emergência nesses casos em conjunto com Heart Team.

     

  • Palavras-chave
  • Choque cardiogênico, drogas vasoativas, insuficiência cardíaca aguda
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