INTRODUÇÃO: As próteses mamárias revolucionaram a cirurgia plástica possibilitando a mamoplastia de aumento. Atualmente, estuda-se o potencial do uso das células multipotentes mesenquimais como alternativa a esse procedimento. Este trabalho objetiva mostrar a aplicação e os desafios dessa técnica.
METODOLOGIA: Para a análise do tema foi realizada uma revisão bibliográfica nas as bases de dados Scielo, Medline, Pubmed e BVS, por meio dos seguintes descritores “mamoplastia”, “células tronco”, “células mesenquimais”, mamoplastia” e “mammoplasty and stem cell”, selecionando-se artigos publicados nos últimos 10 anos, tanto em inglês quanto em português.
DISCUSSÃO: O tecido adiposo humano é fonte abundante de células mesenquimais, capazes da neoformação celular e tecidual. Essas células apresentaram rápida expansão in vitro, podendo ser isoladas e manipuladas de modo reprodutível, especialmente as células-tronco derivadas do tecido adiposo (ADSCs) e as células da fração vascular estromal (FVS), retiradas de locais ricos em tecido adiposo. Assim, essas células podem ser utilizadas em diferentes procedimentos, sendo um deles, a mamoplastia de aumento. Para essa finalidade a gordura é lipoaspirada de regiões como glúteos e coxas, enriquecida com as FVS e as ADSCs e aplicadas na mama. Dentre os benefícios da técnica estão a menor invasão do procedimento, o tempo de duração -menor que 60 min- e o baixo risco de resposta imune, uma vez que o enxerto é autólogo. Na literatura, há relatos de um crescimento da mama em até 8 cm de circunferência, aumento de 100 ml a 200 ml do volume mamário (sem levar em conta a porção incialmente injetada), além do resultado parecer mais natural, com poucas complicações e com baixo risco desenvolvimento de neoplasias mamárias. No entanto, deve-se destacar que apesar dos baixos risco, o procedimento pode provocar microcalcificações do tecido gorduroso injetado na mama, além liponecrose, infecção local e pneumotórax, mas todos com baixa prevalência.
CONCLUSÃO: As células mesenquimais derivadas do tecido adiposo mostraram-se promissoras por possuírem propriedade para a reposição e reparação celular e, ainda, remodelação e preenchimento de deformidades, tornando seu uso na mamoplastia de aumento promissor. No entanto, ainda faltam estudos que comprovem a eficácia a longo prazo deste método, bem como pesquisas para o aprimoramento do procedimento, no sentido de que ele possa substituir, em definitivo, os implantes mamários com próteses.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica