INTRODUÇÃO: Cada vez mais tem-se percebido uma busca por tratamentos complementares e menos invasivos; tendência presente também no período gestacional. A presente revisão pretende apresentar algumas indicações de uso de Práticas Integrativas em Saúde (PICS) e suas evidências. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura pelas bases de dados Scielo e Pubmed no período de 2015 a 2020 com os descritores “acupuncture AND labor. Foram selecionados cinco artigos em português e em inglês (três na PubMed e dois na Scielo), seguindo os seguintes critérios: abordagem temática, disponibilidade de texto completo e não repetição. DISCUSSÃO: Cerca de 90% do estresse e ansiedade enfrentados durante a parturição são causados por falta de conhecimento e pelo medo do parto, sobretudo quando incidem em parturientes com pouca instrução, primigestas e em ambientes hospitalares com elevados índices de intervenções médicas. As PICS são recomendadas pela OMS para ampliação de opções ao tratamento convencional por meio de terapêuticas complementares como acupuntura, acupressão e auriculoterapia, típicas da Medicina Chinesa. Estudos afirmam que a acupuntura é capaz de aumentar o amadurecimento cervical, gerar benefícios de relaxamento e de alcance da experiência de parto e nascimento desejado, sem reduzir a quantidade de oxitocina ou analgesia epidural e sem encurtar o tempo de trabalho de parto (TP). A acupressão foi associada à redução de dor e duração do parto e não foi constatado aumento do amadurecimento cervical ou indução do parto. A auriculoterapia com estímulo por microesferas em pontos auriculares manteve o controle da ansiedade durante a fase ativa do TP na qual, em geral, é aumentada, o que indica um efeito útil desta terapia. Há necessidade de mais pesquisas sobre tais práticas para maior eficácia, seleção de ponto ideal, melhores técnicas e período para estimulação de ponto. CONCLUSÃO: A utilização dos métodos discutidos contribui, segundo os estudos avaliados, na diminuição da ansiedade e nos sinais e sintomas de estresse em gestantes, proporcionando assim um cuidado simples e de grande impacto na saúde da grávida, além de dar suporte e controlar a sensação de dor nas parturientes. Essas práticas podem ser incorporadas na atenção pré-natal, reduzindo, assim, a ansiedade e os sinais e sintomas de estresse na gestação e em todo o seu desenvolvimento e até no período puerperal.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica