Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença que atinge em média 387 milhões de pessoas. O pé diabético é uma complicação do DM relacionada a alterações neurológicas, ortopédicas, vasculares e infecciosas dos membros inferiores. Por fim, pode desencadear uma necrose dos pés do paciente.
Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura feita a partir de cinco artigos, em português e inglês, publicados entre os anos de 2011 e 2020, pelas plataformas de pesquisas Scielo e PUBMED. As palavras-chave utilizadas foram: “pé diabético”, “diabetes mellitus” e “atenção integral”.
Discussão: A DM é determinada por alterações metabólicas relacionadas à insulina e gera complicações. Entre elas encontram-se as lesões ulcerativas, como o pé diabético, qualificado por pelo menos uma das seguintes alterações: vasculares, ortopédicas, neurológicas e infecciosas. A neuropatia diabética é causada pela teorias vascular, na qual microangiopatia da vasa nervorum levaria à isquemia e a bioquímica, em que aumento de substâncias tóxicas e redução do mioinositol causariam lesão do nervo, a gerar neuropatia sensitivo-motora e autonômica. Entre os quadros estão o “pé quente e túrgido”, que reflete a perda da função simpática e “pé insensível e deformado”, sendo perda da função somática sensitiva e motora. A profilaxia das complicações da neuropatia nos membros inferiores deve ser feita a partir da identificação do risco de ulceração e amputação, sendo diagnóstico clínico, por meio de testes com monofilamento, martelo ou diapasão, o mais eficaz. Estudos laboratoriais e imagiológicos auxiliam na avaliação. O tratamento da infecção reduz 50 vezes a probabilidade de ulceração e 20 vezes a chance de amputação e consiste no debridamento de tecidos necróticos, drenagem do pus, antibicoterapia e cuidados essenciais. A abordagem multidisciplinar é essencial para integralidade do cuidado. Assim, cuidados gerais e exame sistemático dos pés de diabéticos podem prevenir complicações.
Conclusão: Verifica-se que o pé diabético precisa de atenção multidisciplinar e cuidados citados acima que vão além de manter a glicose controlada. Todo esse empenho deve ser tanto por parte do paciente com seus hábitos de vida, quanto por parte de toda a equipe médica bem embasada para tomar condutas apropriadas para que ocorra a prevenção de lesões e para evitar eventuais desfechos desfavoráveis que acabam desencadeando em morbidade de úlcera de pé diabético e também em necrose de membro.
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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