Deficiência de vitamina B12 e Transtorno Depressivo Refratário

  • Autor
  • Maria Clara Feitosa da Silva
  • Co-autores
  • Ludmila Rosa Faria , Ana Paula Fonseca Barretto , Natalia Ghannam , Lia Mara Mesquita Rosa , Thainá de Araújo Rodrigues
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Em decorrência das reações fisiológicas desencadeadas pela vitamina B12, a sua deficiência está atrelada ao aparecimento de distúrbios neurológicos e psiquiátricos. E, sendo esse um notável problema de saúde pública, especialmente na população idosa, é crucial elucidar essa correlação.

    METODOLOGIA: As buscas de conteúdo foram feitas nas bases de dados LILACS, Scielo, Medline e PubMed, usando as palavras chaves: “(vitaminB12 AND refractory AND depression)”. Essa pesquisa, nessas bases, encontrou 11 artigos. Esses itens foram inicialmente selecionados por título e ano para artigos que potencialmente abordaram o tema da revisão e que foram publicados após o ano de 2000.

    DISCUSSÃO: Na propedêutica integral do paciente que apresenta refratariedade ao tratamento medicamentoso para desordens psíquicas, é importante atentar-se para as condições clínicas e nutricionais às quais se está submetido, de modo a considerar etiologias não habituais para o quadro. Tal diagnóstico diferencial deve ser feito especialmente na população idosa, devido à maior prevalência desses casos. A vitamina B12 é obtida por meio da alimentação e é absorvida no trato gastrointestinal. Exerce função hematológica e neurotrófica e atua na conversão de ácido metilmalônico (MMA) em succinil-coenzima A e de homocisteína em metionina. Sua deficiência impede a cascata da homocisteína e desvia o substrato para formação de MMA, ocasionando um quadro de hiperhomocisteinemia e queda da síntese de de S-adenosilmetionina - enzima responsável por reações de metilação no cérebro, que exerce repercussão no humor e possui propriedades antidepressivas. Ademais, a vitamina também metila moléculas precursoras de neurotransmissores monoaminérgicos (como a serotonina, noradrenalina e dopamina), desse modo, seu déficit corrobora para um aumento do risco de danos neurológicos de ordem sensorial e cognitiva, além de acometimento psíquico. Em contrapartida, a reposição da vitamina demonstra melhora significativa nessas condições, sendo capaz de reverter os sintomas psiquiátricos e o quadro depressivo.

    CONCLUSÃO: A identificação e o tratamento da deficiência da vitamina B12 faz-se de extrema importância no controle da reincidência do transtorno depressivo. Mesmo com poucos relatos literários, é possível identificar a forte relação entre os níveis de cianocobalamina no organismo e o controle da doença, devido à propriedade de metilação dos precursores das aminas. Dessa forma, é possível afirmar que a reposição da vitamina é adjuvante na reversão dos sintomas psiquiátricos e do quadro depressivo.

  • Palavras-chave
  • Vitamina B12, Transtorno Depressivo Refratário, Depressão
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