Título: Achados neurológicos nos exames de imagem no paciente com COVID-19. Introdução: Diversas manifestações neurológicas já foram documentadas em pacientes com COVID-19. Enquanto alguns desses pacientes apresentam achados de neuroimagem normais, outros apresentam diferentes tipos de alterações nesses exames de imagem. Metodologia: A fim de realizar uma revisão de literatura, foi realizada uma pesquisa de artigos científicos originais nas línguas portuguesa e inglesa, utilizando as bases de dados Scielo e PubMed, com a utilização das palavras-chaves "COVID-19", "SARS-CoV-2", "Neuroimaging", "Neuro findings” e "Brain abnormalities", limitando o período para o ano de 2020. Discussão: Uma série de achados neurológicos descritos para a COVID-19 foi demonstrada por exames de imagem como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) de crânio. A maior parte dos infectados não apresentou alterações, mas foram vistas anormalidades extra e intra-axiais em uma parcela deles, especialmente nos pacientes que apresentavam quadros graves. As anormalidades incluem alterações no lobo temporal mesial (LTM), atrofia de hipocampo, restrição à difusão paraventricular, ventriculite lateral direita, encefalite, hemorragia intra-parenquimatosa, trombose vascular, encefalomielite, hipoperfusão frontotemporal bilateral, lesões hemorrágica, achados de acidente vascular cerebral agudos, hipoatenuação multifocal irregular, lesões hiperintensas multifocais não confluentes na substância branca em FLAIR, entre outros. Um estudo francês (KREMER 2020) dividiu essas alterações em 8 padrões neurorradiológicos, sendo os 3 mais frequentes: anormalidades de sinal no LTM, lesões hipertensas multifocais em FLAIR e lesões hemorrágicas e micro hemorragias. Essas lesões aparentam ser decorrentes da cascata inflamatória da “tempestade de citocinas” (TNF-?. IL-6. IL-1) resultante da resposta imunológica ao vírus, com efeitos diretos no endotélio vascular com consequente microangiopatia trombótica, alterações no fluxo vascular gerando um estado hiper trombótico/hipercoagulável. Conclusão: Apesar de muitos achados neurológicos da COVID-19 terem sido descritos na literatura, pouco ainda foi publicado especificamente sobre os achados de imagem. Sendo assim, é fundamental a obtenção de mais dados sobre achados de neuroimagem nesses pacientes, sendo aconselhável que pacientes com COVID-19 que apresentarem alteração do estado mental realizem exames de imagem, como a TC e a RM de crânio, independente da presença de sintomas respiratórios.
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