TÍTULO: HISTERECTOMIA TOTAL APÓS FALHA DE ABLAÇÃO ENDOMETRIAL EM PACIENTE COM ENDOMETRIOSE E ADENOMIOSE
INTRODUÇÃO: A endometriose, que representa um tecido estromal e glandular endometrial fora da cavidade uterina, está presente em 5 a 15% das mulheres na menacme. Ademais, pode estar associada a dor pélvica crônica intensa e dispareunia, levando ao comprometimento da qualidade de vida da paciente. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 46 anos, casada, caucasiana e autônoma. Compareceu ao serviço de Urgência apresentando dor pélvica de forte intensidade de caráter cíclico e que aumentava durante o período menstrual associada a menorragia, além de dismenorreia progressiva de início há 4 anos. No passado foi submetida a uma ablação endometrial (AE), mas que não resolveu o quadro. Utilizava anticoncepcional oral combinado (ACO) para regularização dos ciclos menstruais. Relatou prole constituída e não ter desejo de nova gestação. Ao exame físico, face álgica e abdómen doloroso à palpação. Em Ultrassonografia transvaginal: útero de contornos irregulares, dimensões aumentadas e volume de 240cm³, aumento da vascularização miometrial ao Doppler, sugestivo de adenomiose. Posteriormente, foi solicitado uma ressonância magnética da pelve e se obteve sinais de endometriose profunda. DISCUSSÃO: O diagnóstico de endometriose deve ser considerado quando a história clínica evidenciar os sintomas de dismenorreia, dor pélvica acíclica crônica, dispareunia de profundidade, que foram apresentados pela paciente .O grande desafio no manejo da endometriose profunda, além do diagnóstico adequado, é estabelecer uma proposta terapêutica que pode ser cirúrgica, focando na ressecção completa das lesões ou a terapia clínica com a medicação visando a melhora da dor. Há outros tratamentos para ajudar nas demais sintomatologias, como a utilização do adesivo de estradiol. Dados de artigos da Medline indicaram que em média 8,8% das mulheres submetidas à AE por micro-ondas e 6,8% das submetidas ao balão térmico precisaram de histerectomia após 5 anos. As causas de falhas pós AE foram 43% devido a não melhora do sangramento, 22% dor pélvica e 35% por dor associada ao sangramento. CONCLUSÃO: Após a paciente ter sido submetida a uma histerectomia total teve o quadro resolutivo associado a utilização de adesivo de estradiol. É importante ressaltar a individualização do tratamento de dor pélvica, respeitando alguns pontos como a questão da prole constituída e a idade da paciente. Assim, a terapêutica adequada promove o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes com endometriose.
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