IMUNOMODULAÇÃO DE DOENÇA DO ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO COM CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS

  • Autor
  • Clarissa de Lima Oliveira e Silva
  • Co-autores
  • Renata Portella Almeida Grattapaglia , Vanessa Álvares Teixeira , Juliana Lott de Carvalho
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A Doença do Enxerto Contra Hospedeiro aguda (DECHa) é uma síndrome sistêmica que acomete pacientes submetidos a transplante de medula óssea alogênico. Foi demonstrado que a imunomodulação baseada na infusão de células-tronco mesenquimais vem contribuindo para bom prognóstico da doença. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo de revisão bibliográfica de ensaios clínicos e artigos publicados entre 2013 e 2020, nos idiomas português e inglês, por meio de busca ativa nas bases de dados Scielo, PubMed e Nature. Utilizaram-se os descritores “Graft versus Host Disease”, “Mesenchymal Stromal Cells” e “transplante de medula óssea”, selecionando-se 5 artigos embasados na proposta da revisão. DISCUSSÃO: A DECHa consiste em uma condição pós transplante alogênico de células-tronco, em que as células da medula óssea do doador reagem contra o organismo do paciente, reconhecendo-o como um antígeno. A terapia medicamentosa usualmente aplicada baseia-se na administração de corticosteróides; todavia, muitos pacientes têm desenvolvido resistência a tal método e, consequentemente, não evoluem com um bom prognóstico. Nesse sentido, estudos recentes demonstraram que uma nova terapia, fundamentada na infusão de células-tronco mesenquimais (MSCs) com funções imunomodulatórias, parece ser uma alternativa segura e deve ser considerada no tratamento em pacientes com DECHa resistentes a esteróides. A Escola de Medicina de Ribeirão Preto realizou um estudo acerca do tratamento baseado em MSCs e os resultados clínicos demonstraram uma melhora completa ou parcial na maioria dos pacientes, revelando ser uma terapia eficaz. Os mecanismos imunomodulatórios na DECHa consistem na dependência das MSCs a estímulos pró-inflamatórios para mediar as respostas de imunossupressão. Dessa maneira, a produção de citocinas como IL-1, IFN gama, TNF alfa, IL-2 e IL-17 por células do sistema imunológico intensificam a expressão, pelas MSCs, de moléculas capazes de inibir a ação de linfócitos T (LT), B e NK, bloqueando os receptores e induzindo morte celular ou aumentando a produção de LT regulatórios. CONCLUSÃO: A DECHa manifesta-se como uma complicação imunorreguladora pós transplante de células-tronco hematopoiéticas. Conquanto a terapia com corticosteróides tenha se mostrado eficaz, há uma significativa resistência ao tratamento, fator determinante na busca por terapias alternativas. Assim, resultados positivos e seguros da infusão de MSCs e a demonstração clínica de suas propriedades imunomodulatórias mostraram-se uma ferramenta promissora no tratamento de doenças inflamatórias graves.

  • Palavras-chave
  • Doença do Enxerto contra Hospedeiro, Células-tronco mesenquimais, Transplante de medula óssea
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