Linfoma de Hodgkin acompanhado de sintomas respiratórios: um relato de caso

  • Autor
  • Alexandre Gabriel Taumaturgo Cavalcanti Arruda
  • Co-autores
  • Guilherme de Souza Silva , Guilherme Gonçalves Soares de Moraes , Louis Hussein Patú Hazime , Gustavo Ferraz Pereira , Cleomadson Nunes Ferraz Filho
  • Resumo
  • Introdução: Linfoma de Hodgkin (LH) trata-se de neoplasias malignas originadas em linfonodos em que há células de Reed-Sternberg, na fase proliferativa pode se disseminar para linfonodos pulmonares e provocar sintomas respiratórios. Corresponde a cerca de 10% dos linfomas e a 0,6% dos cânceres.

    Descrição do caso: Mulher, 57 anos, em 2006, chega ao serviço de saúde relatando perda ponderal e dispneia em repouso, sendo diagnosticada com LH após investigação. Realizou quimioterapia por seis meses apresentando melhora. Em 2016, sentiu mesmos sintomas e, após insucesso de quimioterápicos, realizou transplante de medula óssea, evoluindo com melhora. Em maio de 2019, relatou perda ponderal, dispneia em repouso, tosse produtiva esbranquiçada e espumosa, sendo receitado nebulização a cada 20min, sem melhora. Apresentava cicatriz fibrótica em pulmão esquerdo e hipermetabolismo glicótico em linfonodos supradiafragmáticos. Foi internada no setor pneumológico, queixando-se de dor em epigástrio e lateral do hemitórax esquerdo, acompanhada de tiragem costal para tratamento dos sintomas. Após dois meses, recebeu alta, mas evoluiu para óbito 9 meses depois.

    Discussão: Neste relato de caso, faz-se referência a uma paciente com LH que desenvolveu sintomas pulmonares devido à proliferação da doença e a uma cicatriz fibrótica por radioterapia, é um acometimento raro e preocupante que é, em geral, assintomática, mas quando apresenta sintomas estes são inespecíficos, tornando o diagnóstico clínico bastante difícil. O acometimento pulmonar inicial em LH está quase sempre associado à linfonodomegalias mediastinais ou hilares, dentre os linfomas pulmonares o aspecto mais frequentemente relatado na literatura são os nódulos, variando entre 50% e 90% dos casos. Em casos como o descrito (em que há perda ponderal e dispneia associada, concomitante com suspeita de acometimento mediastinal) é indicado, para um diagnóstico mais precoce possível, realizar uma radiografia de tórax, por se tratar de um exame mais acessível.

     

    Conclusão: A cura de pacientes com LH passa de 85-90%, sendo diagnóstico precoce e início rápido do tratamento fundamentais para isso. Portanto, uma maior cautela em exames simples, como nas radiografias de tórax em pacientes com queixas respiratórias (que podem apresentar aumento nos linfonodos ou aumento mediastinal, presente em 50% dos pacientes com LH) pode adiantar o diagnóstico e colaborar com os dados positivos de prognóstico, evitando desfechos como do caso relatado.

  • Palavras-chave
  • Linfoma de Hodgkin; Linfonodos; Respiratório
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