INTRODUÇÃO:
Os divertículos uretrais são dilatações anormais da uretra que formam uma herniação, podendo se manifestar em homens ou mulheres. É pouco comum no sexo feminino, apresentando uma prevalência global de 1 a 6% em adultas, além de ser mais frequente entre a terceira e sétima décadas de vida.
METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão de literatura onde foram selecionados artigos relacionados com a temática proposta nas bases científicas Scielo e PubMed, com o ano de publicação entre 2010 e 2020, disponíveis em português e inglês com os descritores relacionados à "uretra", "divertículo", "feminino", "diagnóstico", “urethra”, “diverticulum”, “female” e “diagnosis”.
DISCUSSÃO:
Os divertículos uretrais (DU) têm sua etiologia relacionada infecções do trato urinário (ITU) de repetição, ruptura de glândulas parauretrais, condições inflamatórias, traumas ou causas iatrogênicas, como uso prolongado de sondas uretrais e cirurgias.
O diagnóstico de DU é desafiador para o profissional médico pela grande incidência de pacientes assintomáticas ou com sintomas inespecíficos, que incluem disúria, gotejamento pós-miccional, dispareunia e ITUs de repetição. Além disso, podem apresentar massa palpável na parede anterior da vagina.
A fim de diminuir as grandes quantidades de casos subdiagnosticados e terapias inadequadas deve se realizar anamnese e exame físico completos, principalmente em mulheres incontinentes, com ITUs de repetição ou sintomas urinários de armazenamento ou esvaziamento. Além destes exames e de análise da urina, se faz necessária na maioria dos casos a realização de exames de imagem para certificação diagnóstica, sendo os de escolha a uretrocistografia miccional, a ultrassonografia transvaginal ou a ressonância magnética, padrão-ouro para o diagnóstico.
Os DU podem ter diversas complicações, como ruptura, formação de cálculos urinários e desenvolvimento de neoplasias. Sendo assim, após o diagnóstico, a diverticulotomia é a terapia mais indicada e mais efetiva.
CONCLUSÃO:
Divertículos uretrais são uma patologia caracterizada pela formação de uma herniação na uretra que podem levar a sintomas e sinais inespecíficos do trato urinário.
Após o diagnóstico, confirmado principalmente por exames de imagem, a principal abordagem terapêutica é a cirúrgica, sendo realizada a diverticulotomia uretral transvaginal.
Em casos de pacientes que priorizam uma abordagem não-cirúrgica, deve-se realizar as devidas orientações e acompanhamento.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica