ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS DO COVID-19

  • Autor
  • Maria Luiza Pimentel de Oliveira
  • Co-autores
  • Izabella Sena de Oliveira , Felipe Sathler Cruciol , Amyr Abdala Gomes , Manoel Paulo de Sena Junior
  • Resumo
  • Introdução:O novo coronavírus (COVID-19) se instalou rapidamente no mundo, gerando uma pandemia. Por ser causada por um novo vírus, SARS-Cov2, as repercussões no corpo humano ainda estão sob elucidação, e, dentre elas, evidenciam-se as oftalmológicas, caracterizadas em sua maioria por conjuntivites.

     

    Metodologia:O estudo foi realizado por meio de uma revisão de artigos nacionais e internacionais. Utilizou-se como palavras-chave: "Sars Covid-19"; "alterações oculares"; “Oftalmologia”. Os dados coletados foram provenientes de artigos, todos do ano de 2020, nas bases de dados PUBmed, Scielo e Google Acadêmico.

     

    Discussão:O COVID-19 é transmitido por aerossóis, gotículas e fomitos, e, foi relatada a possibilidade de transmissão por via conjuntival. Esse vírus possui grande variedade de proteínas que interagem fortemente com enzimas conversoras de angiotensina 2, e, apesar de estarem mais concentradas no tecido pulmonar, o ocular também as apresenta, podendo ser afetado.

    Em pacientes infectados, partículas virais podem ser encontradas no olho, contudo não são necessárias para que haja manifestações oftálmicas. Essas alterações, presentes em 31,6% dos casos de contaminação, se caracterizam por serem recentes ou tardias, podendo acometer todos os tecidos oculares. Dentre essas, as mais comum é a de conjuntivite, acompanhado de hiperemia conjuntival e aumento de secreções, normalmente apresentadas nos casos agudos e/ou quando a infecção foi por via ocular. Entre outras manifestações temos a congestão conjuntival, fotofobia, uveites, quemose e epífora. As alterações tardias são mais caracterizadas por eventos hemorrágicos, como vasculites. Estudo em pacientes com a doença, relatou a presença de lesões hiperreflexivas na retina, manchas algodonosas e microhemorragias ao longo da arcada retiniana, e o comprometimento retiniano está presente em 90% dos casos, mesmo quando assintomáticos. A acuidade visual e os reflexos pupilares estavam preservados, não havendo sinais de inflamação intraocular.

     

     

    Conclusão:As alterações oculares estão dentre os sintomas do COVID-19 e, apesar de não estarem totalmente elucidadas, são capazes de gerar incômodos aos pacientes. Além disso, médicos devem estar atentos a sinais de conjuntivite e outras alterações, pois podem indicar uma infecção por esse vírus. Por fim, é importante ressaltar que, por ser uma doença relativamente nova, observações mais específicas devem ser realizadas para a consolidação das características dos acometimentos oculares.

  • Palavras-chave
  • "Sars Covid-19", "Coronavirus", "Alterações oculares", “Oftalmologia”
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