Fístula Arteriovenosa Pial: um relato de caso.

  • Autor
  • Isabella de Araujo Ribeiro
  • Co-autores
  • Beatriz Ballarin Costa , Caio Vinicius de Castro Lima Martins , Natalia Maria Vitorio Pereira , Eduardo Siqueira Waihrich
  • Resumo
  • “INTRODUÇÃO” As fístulas arteriovenosas (FAVs) piais tratam-se de conexões vasculares anormais entre as artérias e o sistema venoso craniano na superfície do cérebro na pia-máter. É uma condição extremamente rara e caso não tratada, apresenta elevada morbimortalidade secundária a sua ruptura. “DESCRIÇÃO DO CASO” M.E.G.S, feminino, 42 anos, G2P2A0, hipertensa há 1 mês. Histórico de dislipidemia, cefaleia migrânea e história familiar de doença cerebrovascular, iniciou quadro de hemiparesia à esquerda. Nega tabagismo, etilismo, uso de drogas ou de anticoncepcionais. Ao exame físico, apresentava disartria leve, pupilas isocóricas e fotorreagentes, hemiparesia completa e desproporcionada, de predomínio braquifacial à esquerda, com força global IV em membro inferior esquerdo e 0 nos superiores. Realizou angiotomografia de crânio que evidenciou aneurisma da artéria cerebral média direita (ACM D). Submetida a angiografia cerebral que identificou uma fístula artereovenosa (FAV)pial de fluxo baixo parietal direita, com fluxo retrógrado para seio sagital superior terço médio além de aneurisma de ACM D  de parede superior de 2 mm. O aneurisma foi tratado por embolização com uma mola. “DISCUSSÃO” As FAVs piais são em sua maioria primárias, sendo raramente adquiridas. Mas, já foram descritas causas traumáticas, iatrogênicas e secundária à trombose de veia cortical. A sua fisiopatologia é pouco conhecida, mas acredita-se que ela se forma a partir de um erro embriológico que por alterações estruturais poderiam realizar uma remodelação vascular, afetando células endoteliais do lado venoso capilar. Essas modificações vasculares poderiam permanecer em estado disfuncional e quiescente e sua manifestação procederia de gatilhos, como os fatores: mecânicos, hormonais, hemodinâmicos, farmacológicos, infecciosos e metabólicos. A manifestação clínica da FAV pial depende da região cefálica acometida. Sintomas comuns são: convulsões, cefaléia e déficit neurológico. O tratamento pode ser realizado por desconexão por shunt por microcirurgia ou intervenção endovascular, o qual foi feito no caso.“CONCLUSÃO” As fístulas arteriovenosas piais são raras, apresentando-se clinicamente de forma variada conforme a região acometida. A suspeita diagnóstica adequada é fundamental para o tratamento precoce, evitando possíveis complicações graves.

  • Palavras-chave
  • "Fistula arteriovenosa pial"; "neurocirurgia" ;"endovascular",
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