Introdução: O Pneumotórax Espontâneo (PE) é um dos problemas mais significativos que ocorrem em indivíduos saudáveis, contudo um padrão de tratamento e manejo está em processo de consolidação. A revisão busca um consenso na literatura sobre o manejo do PE.Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura na qual os artigos foram selecionados nas bases de dados Scielo e PubMed, entre os anos de 2010 e 2020 e com as palavras-chave: "pneumotórax espontâneo primário" ; "manejo" ; "spontaneous pneumothorax"; "management". Discussão: O Pneumotórax Espontâneo (PE) consiste na presença de ar entre as pleuras parietal e visceral. A causa difere caso ele seja primário, onde há presença de lesões subpleurais apesar da ausência de doenças subjacentes, ou secundário, que é causado por doenças adjacentes. Mesmo com causas conhecidas, existem diferenças substanciais nas diretrizes internacionais para o manejo do PE. Essas discrepâncias são causadas pela escassez de evidências de alta qualidade e abordagens informais com vieses, o que dificultava a elaboração das diretrizes. Em estudo, revelou-se que 3 a cada 38 casos de PE, opta-se pela aspiração simples (AS) como conduta inicial, que é o manejo inicial preconizado pela British Thoracic Society (BTS) e pela American College of Chest Physicians (ACCP). A partir das novas diretrizes da BTS, o volume do pneumotórax passou a ser classificado em pequeno e largo, interferindo na escolha do tamanho do cateter a ser utilizado na AS. Objetivando um consenso para evitar tais problemas, foi proposto o método Delphi para escolher profissionais especializados para preverem os mais adequados procedimentos e formalizar o painel de consenso para cada tratamento. Concluiu-se que a abordagem inicial para o manejo do PE é a AS, pois a taxa de hospitalização ou recidiva são menores, o que poupa o paciente de procedimentos mais invasivos e de tempo maior de internação hospitalar. Conclusão: A partir dos estudos escolhidos, pode ser inferido que não havia consenso direto nos artigos sobre o manejo do PE. Isso dificultava a escolha da conduta na equipe médica, gerava desacordo na adoção de procedimentos e ocorria lacunas na avaliação do PE do paciente. Com as novas diretrizes é possível que o manejo do PE seja mais eficiente e direcionado para o tipo de PE do paciente. Assim a qualidade e prognóstico aumentarão e a taxa de recidiva será menor.
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Congresso Médico UCB
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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