Síndrome inflamatória multissistêmica (MIS-C) associada a COVID-19 em crianças.

  • Autor
  • Ana Luiza Pinheiro
  • Co-autores
  • Ana Karoline Rossetto Amaral , Fabiane Melo Vilaça , André Aureliano Moreira Marques , Vitória Amaral Araújo Barcelos , Leandro Correa Machado
  • Resumo
  • Introdução: Em abril foi reportado uma nova apresentação clínica em crianças possivelmente associada com a COVID-19. Caracterizada como síndrome inflamatória multissistêmica com manifestações clínicas e laboratoriais similares às observadas em síndromes de Kawasaki e do choque tóxico.

    Metodologia: Revisão bibliográfica descritiva de estudos, buscados na base de dados MEDLINE, adotando o PubMed e o portal de revistas brasileiras SciELO usando respectivamente: (sars-cov 2 AND ((y_1[Filter]) AND (review[Filter]) AND (humans[Filter]))) AND (Multi-System Inflammatory Syndrome AND ((y_5[Filter]) AND (humans[Filter]))) e sars-cov2 and children, encontrados 11 artigos e selecionados 6.

    Discussão: Existem crescentes evidências de que a resposta imunológica com hiperinflamação do paciente podem influenciar, de forma negativa, na infecção causada pelo SARS-CoV-2. A maioria dos casos de COVID-19 em crianças era considerada infecção assintomática ou com apresentação leve. Isso foi hipotetizado como sendo devido a uma resposta robusta de IFN tipo I após a exposição viral, que pode proteger da infecção progressiva. Contudo, existem manifestações graves descritas e uma delas é a MIS-C, que aparenta ter um espectro clínico dividido em dois subconjuntos: o primeiro apresenta características clássicas ou atípicas de doença de Kawasaki, e o outro, um fenótipo de sepse, choque cardiovascular ou disfunção cardíaca. As características clínicas da MIS-C incluem febre persistente maior que 38,5º C, erupção cutânea, conjuntivite, edema periférico, dor abdominal intensa e diarreia. Curiosamente, em sua grande maioria não apresentavam desconforto respiratório, embora uma proporção de pacientes necessite de oxigênio suplementar. Embora algumas crianças sejam PCR positivas para SARS-CoV-2, a maioria é PCR negativa e anticorpos IgG positivos, reforçando a hipótese de que MIS-C pode representar um processo inflamatório tardio.

    Conclusão: Pensava-se que as crianças apresentavam baixa incidência de infecção sintomática. Mas, com novos relatos de casos, acredita-se que MIS-C seja um fenômeno imunológico retardado associado à inflamação (fase de hiperinflamação) após infecção sintomática ou assintomática por COVID-19. A incidência exata de MIS-C é desconhecida. Mais estudos avaliando os fatores predisponentes e a patogênese da MIS-C e a sua incidência são necessários para prevenir e gerenciar adequadamente essa condição. 

  • Palavras-chave
  • COVID-19, SARS-CoV-2, Multisystem Inflammatory Syndrome in Children (MIS-C)
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