Introdução: As dores crônicas são conceituadas como persistentes, de caráter contínuo e recorrente. Assim, objetiva-se estabelecer uma relação entre a vivência dolorosa e o sofrimento psíquico, além de abordar o manejo nas Unidades Básicas de Saúde. Metodologia: Revisão de literatura com buscas por artigos nacionais e internacionais nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores “dor crônica”, “sofrimento psíquico” e “atenção primária”. Foram selecionados 5 artigos para compor o trabalho, pois atendiam ao critério de publicação há no máximo 5 anos e disponibilidade de acesso integral ao conteúdo proposto. Discussão: A dor é um fenômeno multifatorial manifestado de maneira única em cada indivíduo. É o quinto sinal vital, além de um problema de saúde pública, em vista de difícil manejo, alta prevalência e custo. Entre os principais prejuízos decorrentes da dor, há o impacto negativo na vida do paciente e de seus familiares, sendo o fator psíquico um dos mais importantes. Essa relação ocorre, pois os pacientes com distúrbios de sintomas somáticos podem ter alterações nas respostas comportamentais à dor e isso contribui para o quadro clínico. O emocional dos indivíduos é afetado frente ao sentimento de impotência em procedimentos não resolutivos ou à rejeição da dor. Sabe-se que a dor crônica na atenção primária é uma das queixas mais recorrentes e que há um grande número de encaminhamentos para a atenção secundária, devido à escassez de informações. Esse manejo é um desafio para os profissionais das UBS, visto que muitos desses pacientes relatam uma dor com ausência de dano tecidual ou causa fisiopatológica. É preciso uma anamnese e um exame físico completos, com caracterização da dor e atuação de um tratamento multidisciplinar, profissionais do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). O cuidado multiprofissional e interdisciplinar é eficaz para agregar recursos e contribuir para intervenções com maior resolutividade para o usuário, além de capacitar as equipes de referência. Conclusão: Diante do exposto, observa-se que o manejo da dor crônica na atenção primária ainda é e um desafio, visto que ele pode possuir inúmeros diagnósticos, múltiplos testes e tratamentos gerando possíveis efeitos adversos. Logo, entender e auxiliar o sofrimento advindo da dor também é complexo. O ideal é que o atendimento multidisciplinar seja colocado em prática, possibilitando uma reabilitação psicossocial mais adequada de acordo com a realidade e vivência de cada indivíduo.
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Congresso Médico UCB
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Anna Luiza Brito Franceschini
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Marcella Barreto Campos
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Weberth Oliveira Santos
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Clarissa de Lima Oliveira e Silva
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