Introdução:
A anamnese espiritual (AE) enfrenta no meio científico a descrença quanto à ação do sobrenatural na saúde do paciente. Essa, só deverá ser feita se o paciente concordar, respeitando as suas crenças. Se aceita, a equipe de saúde fará perguntas visando entender o processo saúde-doença.
Metodologia:
Trata-se de uma revisão de literatura científica, que tem por objetivo entender a importância da anamnese espiritual no âmbito da saúde. Foram utilizadas as plataformas Google Acadêmico e Scielo, com as palavras-chaves: “anamnese espiritual”, “saúde” e “prática clínica”. Para a apresentação de dados, foram utilizados 5 textos publicados entre os anos 2015 até 2020.
Discussão:
A anamnese espiritual vem sendo cada vez mais inserida na rotina clínica dos profissionais de saúde pois o meio científico tem observado a correlação diretamente proporcional entre a espiritualidade e uma série de indicadores relacionados à melhora da saúde, bem-estar e qualidade de vida dos pacientes. Mas, por ser a AE uma prática relativamente nova, ainda é alvo de preconceitos, inseguranças e dúvidas. Faz-se necessário que os profissionais de saúde tenham cautela e o conhecimento das técnicas corretas para executar a AE e, principalmente, a certeza de que o paciente aceita essa conduta. Quando a AE é autorizada, pode garantir o cuidado centrado no paciente, permitindo que o profissional de saúde realize um atendimento mais completo. A AE evidencia a subjetividade do indivíduo e como ele vivencia o processo de adoecimento. Ao deixar de ater-se somente aos aspectos biológicos e na doença em si, possibilita uma relação com mais confiança, além de ampliar e melhorar as possibilidades terapêuticas e seus possíveis desfechos.
Conclusão:
Dado o exposto, o reconhecimento de que os fenômenos religiosos e espirituais afetam a vida do paciente de modo a atingi-lo biológica e mentalmente, demonstra a importância e a necessidade de maior atenção nas crenças pessoais daquele paciente. Abandonar a crença absoluta nas verdades mensuráveis e palpáveis e aceitar com profundo respeito a subjetividade de cada paciente vai produzir melhores profissionais de saúde e consequentemente irá colaborar para a saúde geral das pessoas.
Comissão Organizadora
Congresso Médico UCB
Mariana Martins Castro
Anna Luiza Brito Franceschini
Gabriel Andrade de Santana Xavier
Débora de Freitas Britto Rêgo
Marcos Filipe Bueno Langkamer
Isadora
Caroline Beatriz Santos Oliveira
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Marcela Carvalho
Lucas Anversa Tiarling
Marcella Barreto Campos
Filipe Alves Ramos
Laura Olivia Tavares Souto
Ana Gabriella Tittoto
Weberth Oliveira Santos
Ana Beatriz Stella Marques Mendes
João Vitor Gonçalves Marques
Clarissa de Lima Oliveira e Silva
Comissão Científica