CISTOS DE MESENTÉRIO – RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO DF

CISTOS DE MESENTÉRIO – RELATO DE CASO EM UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO DF

• Autor
• Victor Nolasco Gonçalves
• Co-autores
• Ana Carolina Souza Sisnando de Araújo , Nandhara Alencar Queiroz , Thiago Marques Esteves Póvoa , Lucas Albuquerque Aquino
• Resumo

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  INTRODUÇÃO

  Os cistos de mesentério são formações císticas, raras, diagnosticadas por exames de imagem. Os cistos possuem relação direta com o intestino e apresentam-se como abdome agudo inflamatório. Neste trabalho relatamos um caso de cisto mesentérico em paciente adulta e polissintomática.

   

  DESCRIÇÃO DO CASO

  K.C.A.S., 30 anos, feminino, história prévia de gastrite, deu entrada com epigastralgia e dor em fossa ilíaca direita há duas semanas, piorando nos últimos 3 dias, associada a febre, náuseas e vômitos. Ao exame físico, regular estado geral, fácies de dor, abdome globoso, doloroso à palpação, apresentando sinais de peritonismo. Realizou tomografia computadorizada com contraste de abdome que demonstrou presença de formação multicística e multiloculada de contorno regular e limites definidos, conteúdo heterogêneo em gordura omental de mesogástrio, com aumento de linfonodos regionais e pequena quantidade de líquido livre na pelve. A paciente foi então submetida a uma laparascopia exploradora e realização de biópsia, com resultado de cistos mesentéricos com exsudato fibrinoleucocitário e áreas de microabcesso. A paciente teve alta hospitalar no terceiro dia de pós operatório.

   

  DISCUSSÃO

  Cisto de mesentério constitui uma patologia rara de etiologia desconhecida. Assim como na paciente K. C. A. S, geralmente é diagnosticado por exames de imagem na investigação de outras doenças que cursam com queixas de dor e aumento do volume abdominal. No caso havia também queixas de náuseas e vômitos. O tratamento é cirúrgico, uma vez que há possibilidade de malignização da lesão, ruptura traumática, hemorragia e torção das estruturas adjacentes. A paciente foi submetida a laparoscopia com realização de biópsia. Esse método é preferível por possuir vantagens, como menor dor no pós operatório, menor tempo de internação e melhor resultado estético. Como resultado da biópsia, o material foi diagnosticado como dois cistos mesentéricos com exsudato fibrinoleucocitário e áreas de microabcessos e uma lesão tumoral. A paciente evoluiu bem e sem intercorrências no pós operatório.

   

  CONCLUSÃO

  Cistos mesentéricos são lesões abdominais normalmente benignas e raras. Quando diagnosticados, devem ser ressecados, evitando assim riscos de complicações e malignização. O tratamento recomendado é a excisão cirúrgica, que pode ser realizada por laparotomia ou laparoscopia. A via laparoscópica permite uma recuperação mais rápida do paciente e está associada a menos dor no pós-operatório. A aspiração cirúrgica do cisto não é recomendada devido ao risco de reincidência do cisto drenado.

• Palavras-chave
• Cisto de mesentério, cirurgia, relato de caso, laparoscopia, biópsia
• Área Temática
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