Com uma área total de 2,8 milhões de km² e uma população de 1.426.428 habitantes, o que representa 18,37 % da população do estado, a mesorregião de Florianópolis, ocupada entre meados do século XVIII e o XIX, concentra suas atividades econômicas no setor terciário de serviços gerais, escritórios, administração pública e comércio. Destaca-se ainda o turismo de lazer, de negócios e, mais recentemente, as atividades vinculadas ao pólo tecnológico de Florianópolis. Embora a agropecuária tenha pouca expressão no âmbito do estado ela desempenha papel significativo na produção agropecuária de alguns municípios e no abastecimento alimentar regional, sobretudo com destaque para os hortifrutigranjeiros. Em 2020, o Valor Adicionado Bruto (VAB) gerado na agropecuária regional foi de R$ 1,1 bilhões, o que representou 2,73% de participação no VAB total do estado e 6,75% de participação no VAB agropecuário total. Já o Valor Bruto da Produção (VBP) das culturas temporárias e permanentes foi de R$ 413 milhões de reais. Desvendar as transformações materiais e o desempenho dos indicadores agropecuários da formação sócio-espacial da Grande Florianópolis pós 2003 é o objetivo geral do texto. Os marcos teórico-metodológicos do trabalho estão alicerçados na categoria de formação socio-espacial desenvolvida por Milton Santos. Na elaboração deste texto, optou-se pela abordagem exploratória via levantamento bibliográfico e documental relativo à temática exposta e o levantamento de dados estatísticos. Foram selecionados os principais produtos com representatividade na produção, na área plantada e o Valor Bruto da Produção (VBP), Produto Interno Bruto (PIB) e (VAB). Esses indicadores foram coletados na base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI), entre outros órgãos. A conclusão geral é de que o processo de ocupação da formação sócio-espacial da Grande Florianópolis desembocou na constituição de uma pequena produção mercantil que, gradativamente, foi sendo marcada por ascensão e queda, mas que não mediram esforços na constituição de diversos agronegócios. O resultado dos indicadores agropecuários, como aumento do VAB agropecuário, do VBP, redução de áreas plantadas e colhidas e o aumento da área com a pecuária, veio acompanhado de um processo de reconfiguração regional da produção agropecuária, caracterizado por uma especialização produtiva regional
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)