A cadeia produtiva da cebola (Allium cepa), que se constitui como a segunda principal hortaliça produzida no mundo, representou 9% do plantio de vegetais em 2020, e sua produção cresceu 109% desde 2000, está entre as mais amplamente adaptadas, com o cultivo desde os trópicos até as regiões subárticas. Na safra de 2020, com diferenças de produtividade entre os países que modernizaram a agricultura e os que a mantém na forma rudimentar, a produção mundial alcançou 104,5 milhões de toneladas, cultivadas em 5,4 milhões de hectares (ha), com destaque para Índia e China, responsáveis por 48,3% da produção total. Desse montante em 2020, apenas 7,96% foram destinados às exportações, movimentando a cifra de US$ 3,58 bilhões, tendo os Países Baixos como principal exportador e os Estados Unidos como principal importador. No caso brasileiro, que ocupa a décima quinta posição na produção mundial, a área cultivada tem diminuído nos últimos anos, passou de 70.429 ha em 2010 para 49.119 ha em 2021, com produção de 1,64 milhões de toneladas e movimentação de R$ 2,49 bilhões. O principal produtor foi o estado de Santa Catarina, que respondeu por 29,3% da produção nacional em 2021, seguido pela Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco que assentados no driver do sistema nacional de inovação, promoveram o aumento da produtividade média nacional de 17,39 t/ha em 2000, para 33,4 t/ha em 2021, atingindo no caso de Goiás 73,64 t/ha, e 55,28 t/ha em Minas Gerais, o que comprova a mudança tecnológica na agricultura brasileira. A atividade é desenvolvida principalmente por estabelecimentos familiares especializados, em 2017, somavam 41.403. O grupo que modernizou as propriedades, viabilizou a permanência, com o apoio das políticas públicas, tais como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária - PROAGRO, e o Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar - PGPAF, que permitiram importantes avanços. Em contraponto, nas propriedades que não promoveram a modernização, ocorreu a privação da renda e o aumento da vulnerabilidade social, inviabilizando a sua permanência no meio rural. Desta forma, no Brasil a produção da olerácea, não é suficiente para suprir a demanda do mercado interno, é necessário importar, em 2020, totalizou 13% da cebola consumida no país, ao custo de US$ 42 milhões. Já as exportações foram pontuais, representando apenas 0,8% da produção nacional, numa cifra de US$ 5,3 milhões. Em termos gerais, procurou-se demonstrar a expansão da produção, dos rendimentos, das áreas plantadas e da comercialização mundial e brasileira, com a utilização das combinações geográficas.
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)