As mulheres como sujeito do feminismo precisam da reprodução como sujeitos políticos. A mulher está colocada como o outro na cultura. É preciso ter muito cuidado com a hipótese binária homem/mulher, pois gênero e sexo são discursivas dos saberes, como os saberes constroem os corpos e os discursos sobre os próprios corpos controla nossa circulação sobre os espaços. Qual é o poder da linguagem na posição dos sujeitos? A partir deste estudo ensaístico de análise bibliográfica em artigos e livro com autoras que tratam do feminismo e da divisão sexual do trabalho. Pretende-se revisar a representatividade do feminismo latino-americano, esboçar as questões de políticas públicas destinadas as mulheres e traz questões concernentes a redistribuição e o reconhecimento. Aqui vale também abordar a divisão sexual do trabalho e como o labor vai sendo incorporado pelos continentes consumindo horas e horas da mão-de-obra das mulheres e não permitindo que possam avançar em suas carreiras, que posam ter uma vida mais equilibrada, que possam adoecer menos. O trabalho invisível não importa, ninguém vê. Faz parte da cultura, da educação, do cotidiano. Quando pensamos na sociedade em que estamos inseridos e percebemos o contexto socioeconômico concordamos com o último trecho da revisão quando Orozco (2019) cita a mercantilização da vida. Quem somos nós afinal? Os que lutam? Ou os que se vendem? Identidades alternativas são instituídas e abandonadas em contextos de lutas. O poder da linguagem de subordinar e excluir as mulheres é muito presente. O efeito de práticas discursivas e arranjos de gênero tornam pessoas normais e anormais. A exclusão de mulheres negras, o preconceito com a questão indigenista, os posicionamentos LGBTQ+, as mulheres rurais, as camponesas, as mulheres sem teto. Quem é o sujeito do feminismo, afinal? O que concluímos é que não existe um sujeito único, são muitos. E todos merecem espaço, respeito e igualdade de oportunidades. Mesmo que a sociedade diga que não, é preciso continuar exercendo o direito de lutar por aquilo que compete a todas as mulheres o direito de ser mulher.
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)