O tema inovação e sua evolução foi impulsionado pela necessidade constante de adaptação ao ambiente de negócios cada vez mais competitivo, em que ser inovador é um diferencial para as organizações. Caminhando nesse sentido, a difusão das inovações tecnológicas exige das organizações o desenvolvimento de novos modelos de negócios e as torna dependentes de informação e conhecimento. Sendo assim, as organizações precisam desenvolver capacidades de identificar, aproveitar e reconfigurar o conhecimento no ambiente organizacional para ajustar a organização às mudanças e oportunidades que se apresentam. Dadas essas considerações, busca-se com esta pesquisa entender como as inovações tecnológicas, a partir das capacidades dinâmicas e absortivas, afetam as cooperativas de eletricidade. A pesquisa foi desenvolvida no formato de três estudos. O Estudo I, disposto no Capítulo 2, trata de uma revisão sistemática de literatura com metassíntese da produção acadêmico-científica relativa às inovações tecnológicas estudadas para o setor elétrico e possíveis mudanças no setor. O Estudo II, disposto no Capítulo 3, é um estudo multicaso em quatro cooperativas de eletricidade e tem como objetivo verificar a contribuição das capacidades dinâmicas para a inovação, a partir da lente dos microfundamentos. O Estudo III, disposto no Capítulo 4, é um levantamento junto aos fornecedores de uma cooperativa de eletricidade, com o objetivo de analisar a influência das fontes externas de conhecimento e da capacidade absortiva no desempenho em inovação. Com os estudos, foi possível identificar que as principais inovações tecnológicas estão ligadas à geração distribuída com ritmo de difusão muito alto para automação de medidores e monitoramento de equipamentos de rede. Também ficou evidenciado que as cooperativas de eletricidade possuem habilidades de capacidade dinâmica no ambiente interno e que a capacidade absortiva existente no ambiente externo cria um ambiente propício para a inovação. Como contribuição, os insights originados nesta pesquisa podem orientar novas pesquisas em inovações tecnológicas, capacidades dinâmicas e absortivas, nesse ou em outros tipos de organização, a fim de melhorar a prática da inovação nessas organizações e orientar a formulação de encaminhamentos mais adequadas ao ambiente organizacional.
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)