O tabaco começou a ser cultivado no Brasil na região nordeste por volta dos anos de 1560 por colonos portugueses. Essa produção teve início na região que atualmente compreende, de Salvador (BA) a Recife, no estado de Pernambuco. Durante o século XVII, o tabaco passou a ser um dos principais produtos de exportação do então Império Português. No entanto, a produção expandiu-se rapidamente somente após a Proclamação da Independência, no ano de 1822. No início do século XX o setor fumageiro se expandiu pelo Brasil, o fumo passou a ser cultivado em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, e principalmente nos três estado da região sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Atualmente a região sul do Brasil é responsável por cerca de 95,1% de toda a produção nacional, com 137.618 famílias envolvidas na produção, em uma área plantada de 273.356 hectares, produzindo na safra 2020/21, 628.489 toneladas do produto, atingindo o valor bruto de produção (VBP) de R$ 6.623.443.634. Assim sendo, esse texto objetiva traçar parâmetros que determinam a sua dinâmica geoeconômica, bem como estabelecer a importância socioeconômica da cadeia produtiva do tabaco na região sul do Brasil. Para tanto, utilizou-se a estratégica metodológica baseada em levantamento bibliográfico de dados quantitativos disponíveis em plataformas como AFUBRA, SINDITABACO e COMEXSTAT. Esses, incrementados por contribuições de materiais secundários oriundo de dissertações, teses e artigos que versam sobre o setor. Verificou-se que a cadeia produtiva do tabaco vem apresentando na última década uma concentração da produção, onde os fumicultores com capacidades produtivas reduzidas estão sendo excluídos da atividade. Constatou-se ainda, que a cadeia produtiva do tabaco na região sul do Brasil possui dinamismo em seu funcionamento, esse, capaz de manter empregos diretos e indiretos e gerar renda para milhares famílias sul brasileiras.
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)