COOPERATIVISMO EM SANTA CATARINA E MERCADO DE TRABALHO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: UM ESTUDO DESCRITIVO

  • Autor
  • Max Richard Coelho Verginio
  • Co-autores
  • Dimas de Oliveira Estevam
  • Resumo
  •  

    O cooperativismo tem sido considerado uma alternativa para o mercado de trabalho em momentos de crise, como a pandemia de COVID-19. Em Santa Catarina, o cooperativismo tem uma forte presença econômica e social, e sua atuação pode ter sido afetada pela pandemia. Há uma lacuna na literatura sobre o impacto da pandemia de COVID-19 no cooperativismo em Santa Catarina e no mercado de trabalho. Neste sentido qual foi o impacto da pandemia de COVID-19 no cooperativismo em Santa Catarina e no mercado de trabalho? O objetivo deste estudo é descrever o impacto da pandemia de COVID-19 no cooperativismo em Santa Catarina e no mercado de trabalho. Os dados foram obtidos a partir da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e referem-se ao período anual de 2019 a 2021. Foram analisadas as seguintes variáveis: número de empregados por mesorregião catarinense e setor de atividade econômica. As análises foram realizadas utilizando estatística descritiva. No período analisado considera-se que 2019 é o ano zero, em que não tem qualquer efeito da pandemia, 2020 é o ano em que a pandemia produz seu maior efeito e 2021 é o ano em que a pandemia diminui seu efeito sobre o mercado de trabalho. Os resultados apontam que as cooperativas no estado de Santa Catarina mantiveram saldos positivos na geração de emprego nos três anos analisados, quando considerado o estoque total. Ao desagregar por mesorregião é possível identificar três padrões distintos, o primeiro visto em Grande Florianópolis e Região Serrana em que á uma queda brusca no emprego em cooperativas em 2020, e uma recuperação moderada em 2021. As mesorregiões Norte Catarinense e Oeste Catarinense, tiveram saldos positivos no estoque de emprego, no entanto em 2021 esse saldo é menor que em 2020. Por fim, as mesorregiões Sul Catarinense e Vale do Itajaí, que também tiveram saldos positivos, tiveram saldos ainda maiores em 2021. De modo que, foras as duas regiões que se sobressaíram melhor no ano de 2021. Ao analisar os estoques de empregos por grande setor do IBGE nota-se que comércio seguiu a mesma variação do mercado nos três períodos. Na indústria as cooperativas tiveram um acrescimento significativamente maior em 2020, no entanto com desempenho inferior em 2021. E os setores serviços e agricultura tiveram saldo maiores que a média nos três anos analisados. Os resultados sugerem que o cooperativismo em Santa Catarina foi afetado pela pandemia de COVID-19, principalmente nas cooperativas localizadas na Grande Florianópolis e Oeste Catarinense, e no seguimento industrial e comércio. Esses resultados são importantes para compreender o impacto da pandemia de COVID-19 no mercado de trabalho em Santa Catarina e para pensar em políticas públicas que possam apoiar o cooperativismo e seus trabalhadores nesse contexto.

     

  • Palavras-chave
  • cooperativismo, mercado de trabalho, COVID-19, Santa Catarina
  • Área Temática
  • 6. Desenvolvimento social, economia solidária e políticas públicas
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  • 1. Desenvolvimento e sustentabilidade sócio ambiental
  • 2. Gestão e economia do setor público
  • 3. Demografia, espaço e mercado de trabalho
  • 4. História econômica e social
  • 5. Economia industrial, da ciência, tecnologia e inovação
  • 6. Desenvolvimento social, economia solidária e políticas públicas
  • 7. Desenvolvimento regional e urbano
  • 8. Desenvolvimento rural e agricultura familiar
  • 9. Economia e política internacional
  • 10. Temas especiais

Comissão Organizadora

APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio

Comissão Científica

• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)