Essa investigação é parte de uma pesquisa mais ampla sobre a relação entre as políticas públicas urbano-regionais e o turismo em Foz do Iguaçu, visando compreender pontos convergências e/ou conflitos. Porém, foi identificado a ausência de um estudo que fosse capaz de estabelecer os estágios de desenvolvimento da atividade turística na localidade, o que suscitou o presente texto. Num levantamento preliminar e não conclusivo, este artigo se propôs a realizar um estudo sobre o Ciclo de Vida do Turismo de Foz do Iguaçu desde a constituição do município em 1914 até os dias atuais, baseado em Butler (1980). Realizou-se um estudo descritivo por meio de estatística descritiva, observando as variáveis número de visitantes do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), população residente, atividades características do turismo (ACTs). Tendo utilizado como técnica de coleta de dados a revisão bibliográfica e documental. O que se observa é um contexto sui generis de desenvolvimento do turismo em Foz do Iguaçu em razão de seu atrativo âncora, o que gerou, em hipótese, a vivência de todas as fases do ciclo de vida por conta de uma forte atuação local/regional e dos Governos Federais na elaboração e execução de políticas públicas urbano-regionais cujos fins e/ou efeitos diretos ou indiretos impactaram a atividade turística. O ciclo então, se inicia com a fase de exploração em 1915; perpassa pela fase de envolvimento nos meados dos anos de 1930; atinge no final dos anos de 1960 a fase descobrimento; apresenta no final dos anos de 1990 uma estagnação do modelo de turismo de compras vinculado ao Paraguai, passa à fase de desenvolvimento no início do século XXI, no final dos anos 2000, são produzidas políticas públicas a fim de reposicionar o produto turístico de Foz do Iguaçu, assumindo portanto um caráter de rejuvenescimento do seu ciclo de vida, para então poder entrar de modo inicial na fase de consolidação em 2019. Esta última, sendo apenas interrompida momentaneamente em razão da Pandemia da Covid-19, o que fez com que o ciclo de desenvolvimento tivesse que ser retomado.
Comissão Organizadora
APEC
Fábio Farias de Moraes
Rossandra Oliveira Maciel
Tatiane Aparecida Viega Vargas
Liara Darabas Ronçani
Bruno Thiago Tomio
Comissão Científica
• Área 1: Desenvolvimento e sustentabilidade socioambiental - Karla Regina Mendes Cassiano (UFRGS); Simone Caroline Piontkewicz (FURB)
• Área 2: Gestão e economia do setor público - Wagner D'Avila (FURB); Marco Antonio Jorge (UFS)
• Área 3: Demografia, espaço e mercado de trabalho - Hellen Alves Sá (UFPR); Max Richard Coelho (UNESC)
• Área 4: História Econômica e Social - Liara Darabas Ronçani (UFRGS); Marcos Juvêncio de Moraes (SEDSC)
• Área 5: Economia Industrial, da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marieli Vieira (UFRGS); Tatiane Lasta (UNIDAVI)
• Área 6: Desenvolvimento Social, Economia Solidária e Políticas Públicas - Rossandra Maciel de Bitencourt (UNINTER); Andrei Stock (UNIDAVI)
• Área 7: Desenvolvimento Regional e Urbano - Ana Paula Klaumann (UFRGS); Cassia Heloisa Ternus (UNOCHAPECÓ)
• Área 8: Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Marcia Fuchter (UNIDAVI); Daniele Cristina de Souza (UFTM)
• Área 9: Economia e Política Internacional - Ludmila Culpi (UFABC); Germano Gehrke (FURB)
• Área 10: Temas especiais - Glaucia Grellmann (UNIVALI); Diego Vargas (FURB)