Potencial Antioxidante de Plantas da Amazônia: Uma Revisão Integrativa

  • Autor
  • Hellen Karine Santos Almeida
  • Co-autores
  • Karina Dias Rocha , Fábio Tenorio da Silva , Alberto Souza Paes , Emerson Augusto Castilho-Martins
  • Resumo
  • Introdução e objetivo: As espécies reativas de oxigênio (ROS) são moléculas ou fragmentos de moléculas com alto potencial de reatividade devido a elétrons desemparelhados na sua órbita molecular. Os antioxidantes possuem a capacidade de neutralizar esses ROS. A remoção do excesso dessas substâncias é importante para o equilíbrio oxidativo do organismo. Diversos estudos mostram que a Amazônia possui potencial farmacológico por possuir plantas com potencial antioxidante. Assim, o objetivo foi revisar a literatura científica que aborda a avaliação da capacidade antioxidante de plantas da Amazônia.

    Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa em artigos de língua inglesa realizada no PubMed/MEDLINE, no período de 2002 a 2022. Após a seleção dos artigos, os resultados em IC 50 da capacidade antioxidante das plantas da Amazônia foram convertidos para Partes por Milhão (ppm) e os resultados expressos em trolox equivalente foram padronizados a fim de facilitar a comparação entre os resultados obtidos. O IC 50 consiste num parâmetro de medida para avaliação da atividade inibitória de uma substância em relação a outra, assim, quanto menor o IC50, mais ativo é um composto.

    Resultados: A busca resultou em 21 artigos elegíveis nos quais foram identificadas 24 plantas com capacidade antioxidante distribuídas em 15 famílias.

    Discussão: Foi verificado que os estudos não possuem metodologia padronizada, o que dificulta a comparação entre as plantas. Apesar disso, foi possível definir as famílias Myrtaceae e Lauraceae como as que possuem as espécies vegetais com maior potencial antioxidante, sendo a Psidium guajava (32000 µmol TE/g) e Aniba canelilla (1,8ppm) suas representantes com maior potencial, respectivamente.

    Conclusão: Portanto, desenvolvimentos futuros nesta linha de pesquisa incluem mais estudos com as plantas com maior capacidade antioxidante com foco na análise dos constituintes químicos que compõem as amostras das plantas da Amazônia, uma vez que substâncias não fenólicas podem interferir na ação dos constituintes fenólicos e comprometer a capacidade antioxidante das plantas da Amazônia. Além disso, espera-se a realização de estudos para determinar se os óleos essenciais apresentam menor capacidade antioxidante quando comparada a resultados de amostras  analisadas de outros constituintes vegetais. Espera-se o desenvolvimento de estudos que avaliem a capacidade dos compostos antioxidantes In vivo, assim como a aplicação desses componentes antioxidantes das plantas da Amazônia no tratamento de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson, visto que essas doenças estão associadas ao estresse oxidativo e os fitoterápicos com propriedade antioxidante poderiam ser uma alternativa de tratamento. Assim como podem ser feitos estudos in vivo para determinar se as plantas da Amazônia possuem capacidade de influenciar na melhora do controle oxidativo do cérebro em estado isquêmico induzido.

  • Palavras-chave
  • Plantas, Amazônia, Antioxidantes,
  • Área Temática
  • Evolução dos Fármacos
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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