SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO E DISPARIDADES REGIONAIS NO BRASIL: UM REFLEXO DA PERPETUAÇÃO DE DESIGUALDADES

  • Autor
  • kellice feitosa de araujo
  • Co-autores
  • Carlos Emanoel Chaves Silva , Katiane da Costa Cunha , Marianne Lucena da Silva , Thaísy Andressa Bastos Primo de Sousa Santos
  • Resumo
  •  

    Introdução: Na gravidez a pressão arterial (PA) diminui fisiologicamente devido às adaptações hemodinâmicas.Porém,pode ocorrer disfunção endotelial e vasoespasmo, elevando a PA e originando as Síndromes Hipertensivas Específicas da Gestação (SHEG).As SHEG podem ser classificadas em hipertensão crônica,pré-eclâmpsia,eclampsia,hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia superposta.A hipertensão crônica é a PA aumentada antes da 20ª semana.Após esse período tem-se a pré-eclâmpsia,envolvendo hipertensão e disfunção de órgãos-alvo;eclâmpsia apresenta convulsões;hipertensão gestacional refere-se à PA elevada após a 20ª semana sem disfunção orgânica e pré-eclâmpsia superposta representa as disfunções de órgãos-alvo em gestante previamente hipertensa após a 20ª semana.A compreensão dos padrões regionais de distribuição dessas síndromes é crucial para orientar políticas públicas e práticas clínicas visando a redução das disparidades e o aprimoramento da saúde materno-infantil.Objetivo:Identificar disparidades regionais no que tange às internações e taxa de mortalidade devido às SHEG no Brasil nos últimos 10 anos.Metodologia:Estudo descritivo realizado a partir de dados secundários oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS(SIH/SUS)via Datasus.Foram selecionadas as opções Morbidade Hospitalar por local de internação no Brasil, período de 2013 a 2022.Em filtros,aplicaram-se as opções edema,proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério. Os dados foram tabulados via Excel,sendo utilizada análise estatística simples.Os valores são apresentados em números absolutos e a taxa de mortalidade foi calculada pela razão de óbitos e o número de Autorizações de Internação Hospitalar(AIH)aprovadas multiplicada por 100.Resultados:Foram contabilizadas 998.198 internações no Brasil no período estudado,com destaque para os anos 2021 e 2022,os quais foram responsáveis por 115.374 e 114.064 registros,respectivamente. Quanto à distribuição por região, o Sudeste liderou com 358.627 notificações, seguido pelo Nordeste com 353.066, Sul com 116.234,Norte com 96.184 e Centro-Oeste com 74.087.Em relação à taxa de mortalidade,observou-se mudança da dinâmica regional:maiores índices foram encontrados nas regiões Norte (0,14) e Nordeste (0,13),seguidos pelo Centro-Oeste (0,11),Sudeste (0,1) e Sul (0,06). Destaca-se,ainda,que as duas primeiras também foram maiores que a taxa nacional (0,11).Conclusão:Os dados apontam que existem diferenças regionais no que se refere às internações e mortes por distúrbios hipertensivos durante o ciclo gravídico-puerperal.Infere-se que,apesar de menores valores absolutos de internações, os desfechos foram piores nas regiões Norte e Nordeste,sugerindo-se a perpetuação de dificuldades ao acesso e menor qualidade da assistência à saúde.Ressalta-se que o uso de dados secundários está sujeito ao risco de subnotificação dos sistemas de informação em saúde,logo,este pode ser um motivo de subestimação das conclusões extraídas.

     

  • Palavras-chave
  • Hipertensão Induzida pela Gravidez; Pré-eclâmpsia; Eclâmpsia; Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à Saúde; Equidade no Acesso aos Serviços de Saúde
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza