Introdução: Na gravidez a pressão arterial (PA) diminui fisiologicamente devido às adaptações hemodinâmicas.Porém,pode ocorrer disfunção endotelial e vasoespasmo, elevando a PA e originando as Síndromes Hipertensivas Específicas da Gestação (SHEG).As SHEG podem ser classificadas em hipertensão crônica,pré-eclâmpsia,eclampsia,hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia superposta.A hipertensão crônica é a PA aumentada antes da 20ª semana.Após esse período tem-se a pré-eclâmpsia,envolvendo hipertensão e disfunção de órgãos-alvo;eclâmpsia apresenta convulsões;hipertensão gestacional refere-se à PA elevada após a 20ª semana sem disfunção orgânica e pré-eclâmpsia superposta representa as disfunções de órgãos-alvo em gestante previamente hipertensa após a 20ª semana.A compreensão dos padrões regionais de distribuição dessas síndromes é crucial para orientar políticas públicas e práticas clínicas visando a redução das disparidades e o aprimoramento da saúde materno-infantil.Objetivo:Identificar disparidades regionais no que tange às internações e taxa de mortalidade devido às SHEG no Brasil nos últimos 10 anos.Metodologia:Estudo descritivo realizado a partir de dados secundários oriundos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS(SIH/SUS)via Datasus.Foram selecionadas as opções Morbidade Hospitalar por local de internação no Brasil, período de 2013 a 2022.Em filtros,aplicaram-se as opções edema,proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez, parto e puerpério. Os dados foram tabulados via Excel,sendo utilizada análise estatística simples.Os valores são apresentados em números absolutos e a taxa de mortalidade foi calculada pela razão de óbitos e o número de Autorizações de Internação Hospitalar(AIH)aprovadas multiplicada por 100.Resultados:Foram contabilizadas 998.198 internações no Brasil no período estudado,com destaque para os anos 2021 e 2022,os quais foram responsáveis por 115.374 e 114.064 registros,respectivamente. Quanto à distribuição por região, o Sudeste liderou com 358.627 notificações, seguido pelo Nordeste com 353.066, Sul com 116.234,Norte com 96.184 e Centro-Oeste com 74.087.Em relação à taxa de mortalidade,observou-se mudança da dinâmica regional:maiores índices foram encontrados nas regiões Norte (0,14) e Nordeste (0,13),seguidos pelo Centro-Oeste (0,11),Sudeste (0,1) e Sul (0,06). Destaca-se,ainda,que as duas primeiras também foram maiores que a taxa nacional (0,11).Conclusão:Os dados apontam que existem diferenças regionais no que se refere às internações e mortes por distúrbios hipertensivos durante o ciclo gravídico-puerperal.Infere-se que,apesar de menores valores absolutos de internações, os desfechos foram piores nas regiões Norte e Nordeste,sugerindo-se a perpetuação de dificuldades ao acesso e menor qualidade da assistência à saúde.Ressalta-se que o uso de dados secundários está sujeito ao risco de subnotificação dos sistemas de informação em saúde,logo,este pode ser um motivo de subestimação das conclusões extraídas.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza