Perfil epidemiológico das internações por Dengue no período de 2019 a 2023 no Estado do Pará

  • Autor
  • Karine Alves Ribeiro
  • Co-autores
  • Bárbara Sfair Nóbrega , Larissa Santos dos Santos , Daniel Oliveira Kato , Vitor Ferreira Baia
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A dengue é uma doença viral cuja transmissão é realizada pela fêmea do mosquito Aedes Aegypti e apresenta quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Quando contraída, pode ter uma evolução benigna, entretanto, uma segunda infecção com um sorotipo diferente aumenta as chances de desenvolver dengue hemorrágica. Às regiões tropicais são favoráveis ao desenvolvimento do mosquito, a dengue é considerada uma doença endêmica no Brasil. Sob esse viés, o presente trabalho visa analisar o perfil epidemiológico dos pacientes internados por dengue entre 2019 a 2023 no Estado do Pará. 

    CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo epidemiológico de análise espaço temporal, em caráter descritivo e quantitativo. Analisou-se os dados de pacientes internados por Dengue nos últimos 5 anos no Estado do Pará. Para a coleta de dados, utilizou-se o Sistema de Notificação e Agravos (SINAN), disponível no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), utilizando variáveis por município de notificação; Faixa etária; Sexo e evolução, sendo armazenados no Microsoft Excel para análise posterior. 

    RESULTADOS: O Pará apresentou 25.747 casos notificados no período em questão, dentre os quais 1.626 foram hospitalizados. No intervalo temporal, o ano de 2019 apresentou o maior número de internações (450 casos), seguido de 2022 que apresenta 382 hospitalizações. Dentre os municípios avaliados, Parauapebas apresenta o maior número de casos (157 internações) acompanhado por Belém (149 casos). A análise da faixa etária demonstrou que o intervalo de 20 a 39 anos apresentaram aumento dos casos de internação. Enquanto a pesquisa sobre gênero, demonstrou a prevalência do sexo masculino na internação. Outrossim, 25 óbitos foram registrados nesse período, com 2022 sendo o ano com mais registros.

    DISCUSSÃO: Fica evidente que o clima tropical da região Norte é um fator  determinante para a endemicidade da Dengue nesse território. Assim, há inúmeros fatores que corroboram para a intensificação dos casos no Pará, a exemplo do crescimento urbano de maneira desorganizada, o que levou a um sistema público falho de esgotamento sanitário, com uma drenagem ineficiente e abastecimento de água desigual que, somadas às práticas sanitárias e cuidados com a higiene inadequados da população, ocasionam uma maior proliferação de mosquitos contaminados e, assim, maiores chances de reinfecção.  Portanto, evidencia-se, por meio deste, que o número de internações por Dengue é superior em Parauapebas, devido à ineficácia dos órgãos públicos em promover ações educativas sanitárias para a população, juntamente com fiscalização.  

     

    CONCLUSÃO: A partir deste, sugere-se que as políticas de saúde pública e saneamento básico já implementadas sejam aplicadas de forma efetiva, a fim de contribuir com a redução dos casos de Dengue em municípios paraenses. 

  • Palavras-chave
  • Dengue; Hospitalização; Epidemiologia
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza