Óbitos de neonatos no estado do Pará, Brasil, de 2009 a 2019

  • Autor
  • Kellice Feitosa de Araujo
  • Co-autores
  • Samuel Filipe Lopes Alves , Matheus Sodré de Araújo , Otavio Luiz de Queiroz , Thaísy Andressa Bastos Primo de Sousa Santos
  • Resumo
  • que Introdução: O período neonatal é referente aos primeiros 27 dias de vida. Contudo, este ainda pode ser subdividido em duas fases, o precoce, que representa a primeira semana de vida (de 0 a 7 dias) e o tardio, que corresponde ao restante dos dias (entre 8 e 27 de vida). Estima-se que a mortalidade neonatal seja responsável por 46% da mortalidade infantil em nível mundial, chegando a contabilizar cerca de 18 óbitos por cada 1000 nascidos vivos. A hipótese de que as mortes neonatais podem ser relacionadas a desfechos obstétricos é corroborada na literatura e a avaliação das causas de morte de neonatos permite um maior conhecimento acerca do acesso e qualidade de saúde ofertados para as gestantes e recém-nascidos.Objetivo: Verificar a distribuição de óbitos perinatais no Pará, assim como as suas principais causas e correlacioná-las ao número de dias de vida desses indivíduos. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo realizado por meio de dados oriundos do Sistema de Informações Sobre Mortalidade e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (2009 a 2019). A população foi de neonatos até 27 dias que evoluíram a óbito devido a alguma causa relacionada ao período perinatal. A análise estatística foi realizada por meio do teste qui-quadrado no software Bioestat 5.3. Resultados: Foram registrados 13.524 óbitos perinatais, os quais foram mais frequentes entre mães menores de 19 anos (27,98%) com escolaridade inferior a 7 anos (37,97%). Quanto à idade e causas de óbitos (p<0,001), houve destaque para 1 a 6 dias após o parto (47.96%) e predominância de neonatos prematuros (54,44%) de extremo baixo peso (29,15%) que evoluíram a óbito sobretudo por septicemia bacteriana (16,52%), transtornos relacionados com a prematuridade e o baixo peso (15,04%) e desconforto respiratório (15,04%). A variação da taxa de mortalidade (TXM) )por região de saúde foi de 4,56 a 12,6 óbitos por cada 1000 nascidos vivos, de modo que a região Metropolitana I teve o maior índice  (12,16 óbitos por mil habitantes). Discussão: Gravidez na adolescência, baixa escolaridade materna e prematuridade são fatores de risco para mortalidade neonatal descritos na literatura e comprovados no estudo em questão, o que revela a qualidade insuficiente do atendimento prestado. 84,6% das regiões de saúde do Pará obtiveram menores TXM neonatal em comparação com a média nacional (11,2). Tais discrepâncias podem ser explicadas pela subnotificação local ou possíveis desigualdades regionais, as quais devem ser consideradas para a alocação de recursos à saúde. Conclusão: Foi possível compreender as principais causas de óbitos de neonatos no Pará, a relação com o número de dias de vida, bem como a associação com as variáveis sociodemográficas, achados que permitem a identificação de grupos que devem receber mais atenção nos ambientes hospitalares. Sugere-se, portanto, que esse estudo seja usado para fomentar a construção de planos e investimentos em saúde. 

  • Palavras-chave
  • Mortalidade perinatal; Assistência perinatal; Epidemiologia.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza