Casos leves a moderados de COVID-19 no estado do Pará, norte do Brasil

  • Autor
  • Kellice Feitosa de Araújo
  • Co-autores
  • Matheus Sodré de Araújo , José Robertto Bueno Muniz , Thaísy Andressa Bastos Primo de Sousa Santos , Wennyo Camilo da Silva e Silva
  • Resumo
  • Introdução: O SARS-CoV-2, identificado em dezembro de 2019 em Wuhan, China, teve seu primeiro caso registrado no Brasil em 26 de fevereiro de 2020, no Estado de São Paulo, e desde então apresentou um crescimento exponencial. No Estado do Pará, localizado na região amazônica, o primeiro caso confirmado ocorreu em 18 de março de 2020, tornando-se o estado com o maior número de casos acumulados na região norte do Brasil, totalizando 472.986 casos confirmados e 13.083 óbitos até 2 de maio de 2021. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico, dos casos leves a moderados de COVID-19 no estado do Pará. Método: Estudo descritivo que analisou dados obtidos do sistema de vigilância de síndrome gripal via Open-DataSUS, de janeiro de 2020 a março de 2021. Análise dos dados empregou o Teste ?² de Pearson com resíduo padronizado no IBM® SPSS® Statistics versão 26, e a tabulação foi realizada no Microsoft Excel®. Os mapas de distribuição espacial da letalidade foram gerados com os softwares TabWin 4.1.5 e QGIS 3.8.2. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foram registrados 99.687 casos de COVID-19, com 2.130 óbitos. A maioria dos diagnósticos (92,27%) foi confirmada por testes laboratoriais, sendo 76,3% através de testes rápidos para anticorpos. Mulheres representaram 55,55% dos casos, com a faixa etária mais afetada sendo de 30 a 39 anos (23,21%). Cardiopatia crônica foi a principal comorbidade relatada (43,36%). Notificações foram mais comuns entre mulheres de 10 a 69 anos e entre homens abaixo de 10 e acima de 70 anos. Houve mais óbitos entre os homens (2,98%) do que entre mulheres (1,46%).. As regiões com as maiores taxas de letalidade foram Rio Caetés (5,44), Baixo Amazonas (4,37), Tocantins (3,86), Marajó II (3,17), Metropolitana III (2,16), Araguaia (1,93), Metropolitana II (1,74), Tapajós e Marajó I (ambos com 1,45), Metropolitana I (0,93), Carajás (0,56), Xingu (0,51) e Lago de Tucuruí (0,42). Discussão: Em regiões com acesso limitado ao teste RT-PCR, a detecção de anticorpos é essencial devido à sua eficiência e custo reduzido. A predominância de casos na faixa etária economicamente ativa decorre da maior exposição relacionada ao trabalho. A presença de doenças cardiovasculares pré-existentes aumenta o risco de complicações e desfechos adversos. Hormônios sexuais podem modular a resposta imune, possivelmente tornando as mulheres menos suscetíveis. A idade, especialmente em homens acima de 30 anos, está associada a um maior risco de mortalidade. A distribuição geográfica dos casos destaca a importância das políticas de saúde pública e a necessidade de equidade na distribuição de recursos para combater a pandemia. Conclusão: infere-se que as variáveis biológicas inerentes ao sexo e à idade, assim como as regiões de saúde, desempenham um papel importante na infecção e patogênese da COVID-19 e podem ajudar no reconhecimento das vulnerabilidades que norteiem políticas públicas em saúde.

  • Palavras-chave
  • Infecções por coronavírus; perfil de saúde; sistema único de saúde; ecossistema amazônico.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza