Análise epidemiológica da incidência da neoplasia maligna do colo de útero no estado do Pará de janiero de 2020 a janeiro de 2024

  • Autor
  • Luana Rodrigues Ecker
  • Co-autores
  • Karina Bastos Kozlovski
  • Resumo
  • 1.1 INTRODUÇÃO

    A neoplasia maligna de colo de útero é caracterizada pela proliferação anormal e desordenada de células endocervicais proveniente de repetidas lesões caudadas por infecções repetidas pelo Papiloma Vírus Humano (HPV).

    O câncer do colo de útero é, depois do câncer de mama, a neoplasia maligna que mais acomete mulheres em países em desenvolvimento do mundo, sendo um deles o Brasil, com muita incidência no estado do Pará, e por esse motivo, a necessidade de discutir sobre essa pauta.

    1.2 OBJETIVOS

    O objetivo desse estudo é avaliar e descrever o perfil epidemiológico dos casos de pacientes com neoplasia maligna de colo de útero no estado do Pará nos períodos de janeiro de 2020 a janeiro de 2024, uma vez que a patologia é prevalente no estado.

    1.3 METODOLOGIA

    Trata-se de um estudo de caráter transversal retrospectivo dos casos de neoplasia maligna de colo de útero, CID 10 C53, no estado Pará em janeiro de 2020 a janeiro de 2024, com dados coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS). Foram analisadas as variáveis idade, raça, número de notificações em cada ano e evolução. Não houve necessidade de submissão ao Comitê de Ética em pesquisa devido aos dados serem de domínio público.

    1.4 RESULTADOS

    A analise de dados evidenciou cerca de 2717 casos notificados no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2024, sendo eles, de acordo com a faixa etária, 2 em mulheres de 15 a 19 anos, 126 entre 20 a 29 anos, 590 entre 30 a 39 anos, 759 entre 40 a 49 anos, 610 entre 50 a 59 anos, 393 entre 60 a 69 anos, 177 entre 70 a 79 anos e 60 casos a partir dos 80 anos. Em relação a raça, 147 casos foram registrados em mulheres brancas, 59 em pretas, 2494 em pardas, 13 em amarelas e 4 em indígenas. Relacionado ao numero de casos registrados em cada ano consta, em 2020, 531 notificações, em 2021, 613, em 2022, 727, em 2023, 772 e, em janeiro de 2024, 74 casos registrados. Sobre a evolução, das 2717 internações, 533 resultaram em óbito, sendo eles 112 em 2020, 119 em 2021, 146 em 2022, 143 em 2023 e 13 em janeiro de 2024, resultando em uma taxa de mortalidade de 19,62% durante todos os períodos analisados.

    1.6 DISCUSSÃO

    O perfil epidemiológico prevalente foi caracterizado por mulheres com idade entre 40 a 49 anos, de raça parda e evolução com vida. Além disso, percebe-se que, com o decorrer dos anos, a notificação de casos vem crescendo, fato que pode ser explicado, possivelmente, pela falta de informação sobre a realização do exame citopatológico, sintomas e busca por tratamento, além da irregularidade da vacinação, principalmente, em relação a administração da segunda dose, a qual é negligenciada por muitos pacientes.

    1.5 CONCLUSÃO

    Portanto, com a análise dos resultados, conclui-se que há um grave problema de saúde publica, principalmente no Norte do país, o qual merece mais reconhecimento e atenção para que medidas efetivas sejam tomadas, para a reversão desse cenário.

  • Palavras-chave
  • Neoplasia maligna, câncer do colo de útero, perfil epidemiológico
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza