Hanseníase na infância e adolescência em Belém do Pará : Histórico de casos de 2019 a 2023

  • Autor
  • Maria Vitoria Souza Marques
  • Co-autores
  • Franciomar Madson Natividade Mendonça , Bruna Moura Mendonça , Ismar Francisco Da Silva Barbosa Monteiro , Maria Júlia Batista Marques , Gabriel Ferraz Almeida Pelaes , Júlia Vitória Pantoja Da Silva , Bárbara Vitória Amorim Pinto , Vitorina Souza Marques , Sarah Raquel Rosa Azevedo
  • Resumo
  • Introdução e Objetivos : A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que provoca o surgimento de máculas discrômicas, alterações de sensibilidade e parestesia de membros. A transmissão dá - se através do ar, a partir do contato próximo e frequente com doentes em estágios adiantados e que ainda não iniciaram o tratamento. Este trabalho visa analisar o perfil epidemiológico dos casos de Hanseníase, no estado do Pará, nos períodos da infância e da adolescência, bem como apresentar os resultados quantificados entre os anos de 2019 a 2023 nas cidades de Belém, Altamira, Marituba, Santarém e Bragança.

    Casuística e Método: A casuística dos casos de Hanseníase, entre os anos  citados, é de 381 casos na infância e adolescência, com uma maior prevalência entre os indivíduos de 15 a 19 anos. A pesquisa é condicionada através de um método de estudo descritivo, retrospectivo e quantitativo com base nos dados secundários fornecidos pelo sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Departamento de informática do SUS (DATASUS). As informações coletadas foram analisadas a partir do programa Microsoft Office ExcelTM., utilizando -se as variáveis: microrregião do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), idade e sexo.

    Resultados : Constata - se que 91 casos foram contabilizados em 2019 e 17 casos em 2023, correspondendo, aos anos com maior e menor quantidade registrada da doença, respectivamente. A faixa etária considerada para a análise foi até os 19 anos, com menor prevalência em crianças entre 10 a 14 anos, sendo catalogados 81 infectados, e maior quantitativo de indivíduos acometidos entre 15 a 19 anos, contabilizando 109 casos. A análise evidenciou que Belém foi a cidade com maior número de notificações, somando 249 casos, seguida  de Marituba com 109 casos e Altamira com 10 casos. Os municípios com menor índice foram Santarém, com 7 casos, e Bragança, com 6 casos. A pesquisa destaca que em Belém 53,8% dos indivíduos eram do gênero masculino e 46,2% feminino.

     Discussão : Os resultados revelaram uma taxa decrescente de detecção da doença durante os anos analisados. A menor prevalência inclui os indivíduos de 10 a 14 anos, sugerindo que a baixa frequência da doença nessa faixa etária pode ser atribuída ao longo período de incubação da hanseníase, que varia de dois a sete anos. Ademais, quanto menor for a idade, maior é a dificuldade por parte dos profissionais em realizar o teste de sensibilidade. Quanto à origem dos casos, a maioria foi notificada em Belém, embora casos próximos da região metropolitana também tenham sido registrados, mas com menor incidência. Em relação ao acometimento por gênero, a maior proporção ocorreu no sexo masculino. 

    Conclusão : Portanto, houve um grande quantitativo de casos nos 5 anos analisados. Logo, é de extrema importância o rastreio da doença pelos profissionais de saúde, a fim de diminuir o número de casos, incentivando a promoção à saúde.

     

     

     

  • Palavras-chave
  • Hanseníase, Infância e Adolescência, Doença Infectocontagiosa e Perfil Epidemiológico.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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