Perfil Epidemiológico da Neoplasia Maligna de Estômago no Baixo Amazonas (2016-2023)

  • Autor
  • GRETA EVELIN DA SILVA MOTA
  • Co-autores
  • KAROLINA DO ESPÍRITO SANTO PINGARILHO , ALEF HENRIQUE DO ESPÍRITO SANTO LIMA , ROGER VIANNA HÜHN , ANA FLÁVIA FURTADO TELES , AMANDA DE QUEIROZ ANDRADE , ANDRÉ LUIS DOS SANTOS MAGALHÃES FILHO
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A neoplasia gástrica tem causa multifatorial e é definida pela multiplicação anormal de células de revestimento do estômago. No Estado do Pará, a patologia possui alta incidência e desdobramentos clínicos. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico de neoplasias malignas de estômago no Baixo Amazonas com recorte temporal de 2016 a 2023. MÉTODOS: O estudo é quantitativo, transversal e retrospectivo, salientando a epidemiologia de neoplasias malignas do estômago no Baixo Amazonas, região integrada do Pará que abrange 12 municípios. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), entre janeiro de 2016 e dezembro de 2023. As variáveis analisadas foram Internações, Média Permanência, Faixa Etária, Ano Atendimento, Óbitos, Raça/Cor e Sexo. Para análise quantitativa, utilizou-se estatística descritiva com proporção simples e média aritmética. RESULTADOS: Foram registradas 441 internações por neoplasia maligna de estômago no Baixo Amazonas, com o maior número de registros em 2017 (64) e o menor em 2022 (46). Santarém teve o maior índice de hospitalizações, com 97,27%. A faixa etária predominante das internações foi de 60 a 79 anos (52,4%), seguida por 40 a 59 anos (41%). Houve 128 óbitos notificados, com Santarém registrando 125 (97,6%) e Terra Santa apenas 1. A taxa de mortalidade em relação ao número de internações foi de 29,02%. Dos óbitos, 68,75% ocorreram entre homens e 31,25% entre mulheres, sendo mais prevalentes entre a população autodeclarada Parda (94,3%). Entre a população indígena, a incidência de óbito foi de 1,6%.DISCUSSÃO: Observa-se maior índice em homens, o que indica que há necessidade de maior assistência em saúde para este público. Ademais, Santarém destaca-se com o maior número de internações e óbitos, inspirando medidas de prevenção e investimentos em cuidado no município. A média permanência total registrada no Baixo Amazonas foi de 11,8 dias, referindo-se à complexidade da neoplasia e ao manejo hospitalar. Os anos analisados de registros sugerem uma queda entre 2017 e 2022, porém o registro em 2023 de 51 casos implica que a enfermidade ainda é uma questão de saúde pública e as subnotificações podem ter ocorrido devido ao período pandêmico da COVID-19. Sugere-se que a incidência da doença aumenta conforme a idade, dada a prevalência entre 60 a 79 anos - refletindo que a senilidade pode ter relação com a neoplasia. CONCLUSÃO: Percebe-se que o perfil epidemiológico da neoplasia maligna do estômago no Baixo Amazonas possui características definidas e abrange um grupo coerente com a região paraense, sendo esta uma região com forte registro cultural. Portanto, conhecer a epidemiologia social contribui para medidas preventivas que respeitem e preservem as especificidades do paciente, além de nortear ações relacionadas às políticas públicas.

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Neoplasias, Região Amazônica
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
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  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
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  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

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Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

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Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza