ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE CASOS DE DOENÇA DE CHAGAS NO SEXO FEMININO NA AMAZÔNIA LEGAL NO PERÍODO DE 2012 A 2021

  • Autor
  • Jessica Leonan Lima Ferreira
  • Co-autores
  • Isabelle Coelho da Silva , Karine Alves Ribeiro , Bárbara Sfair Nóbrega , Larissa Nascimento da Costa
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A Doença de Chagas (DC) é uma parasitose tropical ocasionada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, na qual a transmissão ocorrerá, majoritariamente, por via oral e vertical durante a gravidez ou parto. Sua incidência corresponde a condições inadequadas de saneamento básico e moradia, dessa forma em condições favoráveis, a doença é considerada endêmica no Brasil. Portanto, o presente estudo buscou analisar as notificações de casos da Doença de Chagas no sexo feminino na Amazônia Legal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo ecológico transversal retrospectivo, utilizando dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), disponível no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Coletou-se dados da Amazônia Legal com recorte temporal de 2012 a 2021, sexo (feminino), faixa etária (15 a 59 anos) e casos notificados durante o segundo ano do 1º sintoma. Os dados foram organizados e tabulados no Microsoft Excel e posteriormente discutidos. RESULTADOS: Durante os anos de 2012 a 2021, houve 831 casos confirmados em pacientes do sexo feminino, na faixa etária de 15 a 59 anos, com DC na Amazônia Legal. O ano com menor número de casos corresponde a 2013 (38 casos) e o ano com maior número de casos foi 2018 (124 casos). Nota-se um aumento progressivo nos anos de 2013 a 2016, e, posteriormente, aumento significativo de casos em 2018. Quanto à faixa etária, observou-se que mulheres entre 15 a 19 anos tiveram menor número de casos confirmados (97 casos), embora, a faixa etária de 20 a 39 possua maior incidência (424 casos). Dos nove Estados pertencentes à Amazônia Legal, evidenciou-se o Pará com maior número de notificações, totalizando 691 casos. Em contrapartida, a incidência de casos no estado de Rondônia foi de 0 durante todo o período estudado. DISCUSSÃO: A elevada incidência e o progressivo aumento de casos de DC em mulheres na faixa etária estudada, principalmente nas idades de 20 a 39 anos, causa alarde por tratar-se de um público considerado em idade fértil e, consequentemente, de maior risco de transmissão vertical da doença. A Amazônia Legal está inserida em área endêmica de DC e a alta incidência da doença pode ser inferida devido ao clima tropical, crescimento urbano desorganizado e falha nas políticas públicas de prevenção. Evidenciou-se que o Estado mais afetado por casos de DC aguda em mulheres foi o Pará, com aproximadamente 83% dos casos, indicando a possível relação com o processo de urbanização e o desmatamento sofrido ao longo dos anos no território, causando a maior domiciliação do inseto vetor e contato com a população. CONCLUSÃO: Portanto, evidencia-se a crucialidade da implementação de ações preventiva voltadas à população, estimulando o aumento da eficácia na vigilância epidemiológica existente, buscando reduzir os casos de notificação dessa parasitose na região.

  • Palavras-chave
  • Doença de Chagas; Mulheres; Amazônia Legal
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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