Introdução e Objetivo: A prática da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, sem a necessidade de complementação com outros líquidos, tais como leites, chás ou mesmo água, representa, inquestionavelmente, uma das intervenções de saúde mais eficazes e acessíveis disponíveis para proporcionar um início saudável na vida de um bebê. Trata-se de uma demonstração de cuidado e afeto que transcende fronteiras culturais e geográficas, estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento infantil. Este trabalho tem como objetivo apresentar a experiência dos acadêmicos de medicina acerca dos atendimentos de lactentes realizados em uma UBS e da relevância e dos desafios do aleitamento materno exclusivo no contexto da atenção básica. Casuística e método: Relato de experiência da atuação dos universitários na Unidade Básica de Saúde, com a prática e incentivo ao aleitamento materno exclusivo fortalecimento o quanto é fundamental para a saúde e imunidade do bebê nas primeiras fases da vida. Resultados: Por intermédio de uma anamnese completa e direcionada, notamos os desafios do aleitamento materno exclusivo durante os 6 meses de vida, que contribui para a prevenção de doenças e complicações gastrointestinais, fortalecimento do vínculo afetivo e promoção do desenvolvimento cognitivo. Discussão: A interrupção prematura do aleitamento materno exclusivo pode acarretar malefícios para a saúde do bebê, além da introdução inadequada de alimentos antes dos seis meses aumentar o risco de alergias, infecções e problemas digestivos. Em suma, observa-se a dificuldade da adesão ao aleitamento exclusivo e a falta de informações sobre a prática e conduta correta, além de fatores socioeconômicos e culturais. Também percebemos corroborar com a não adesão das lactantes à amamentação exclusiva são as crenças e costumes culturais. Em algumas consultas notamos que mães utilizam de outras alternativas nutricionais influenciadas pelo ambiente familiar e social na qual estão inseridas, tais como; chás de ervas, mel, mingau e água. Nesse contexto, o mito acerca dos chás auxiliarem nas cólicas intestinais dos bebês incrementa uma narrativa histórica e cultural que pode levar a prejuízos à saúde dos lactentes, causando possíveis problemas na digestão e absorção de nutrientes. Em relação ao uso de fontes alternativas de saciedade do bebe, é comprovado que estes podem causar desnutrição, diarreia, atraso do crescimento e desenvolvimento e que elevam as chances do desenvolvimento de alergias alimentares. Conclusão: Por fim, pode-se notar a necessidade da discussão acerca da amamentação exclusiva e dos desafios que ela possui, bem como da atenção básica como agente auxiliador e instrutor neste processo. Nesse sentido, a atenção básica deve abranger os desafios enfrentados pelas lactantes, desafios estes que são provenientes de diversas vertentes, buscando assistir as mães e os lactentes de forma a garantir seus direitos previstos por lei.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza