PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇAS DE CHAGAS NO ESTADO DO PARÁ ENTRE 2016 E 2022

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇAS DE CHAGAS NO ESTADO DO PARÁ ENTRE 2016 E 2022

• Autor
• Santino Carvalho Franco
• Co-autores
• Caio Antonio Silva Viana , Diogo Ramos Alves , Pedro Henrique Farias dos Santos , Ricardo Leão Valente
• Resumo

• INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A Doença de Chagas é causada pelo protozoário Typanosoma cruzi, e é uma infecção transmissível e endêmica de evolução crônica, principalmente na região Norte, com destaque para o estado do Pará. A transição para a Doença de Chagas Crônica acontece em cerca de 30 a 50% dos pacientes, normalmente 10 a 30 anos após o episódio agudo, possuindo uma taxa de mortalidade de 30%. Assim, tendo em vista o potencial endêmico da Doença de Chagas no Pará, é de suma importância que se tenha o estabelecimento do perfil epidemiológico dos pacientes portadores da Doença de Chagas no Pará, para a instituição de medidas para o combate do agravo dessa doença. CASUÍSTICA E MÉTODO: Trata-se de um estudo de caráter observacional, transversal e descritivo, no qual apresentou como produto a elaboração de uma cartilha educativa. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). RESULTADOS: Os resultados obtidos no SINAN indicaram que o estado do Pará apresente um total de 1.308 casos de Doença de chagas, sendo 34,7% na faixa etária de 20 a 29 anos, principalmente no municípios de Belém (36,77%), Cametá (25,53%) e Breves (21,78%), apresentando uma mortalidade de 1,37%. DISCUSSÃO: Os estudos de Silva e Vilhena(2019) evidenciam uma prevalência de notificações em municípios do interior do estado, bem como na capital. O que explica  o fato da região Norte apresentar um acometimento de pessoas mais jovens, pode se relacionar ao perfil da população exposta à doença, uma vez que a grande parte da população que trabalha com o açaí encontra-se na faixa etária produtiva. Souza(2021) relata uma diminuição nos casos de óbitos pela doença de chagas e suas complicações, principalmente relacionado a medidas públicas para o controle da transmissão da doença, com o Programa de Controle da Doença de Chagas institucionalizado em 1950 e o setor Casa do Açaí que visa realizar ações de educação sanitária na manipulação do açaí, como forma de prevenir surtos pela Doença de Chagas. CONCLUSÃO: Diante do exposto, este estudo fomenta a conscientização em saúde, desenvolveu-se uma cartilha educativa em formato de dobradura, destacando de maneira didática os principais aspectos da infecção, incluindo sinais e sintomas, métodos de diagnóstico, a importância do diagnóstico, a fim de evitar complicações e opções de tratamento. Além disso, é necessário aumentar a conscientização dos pacientes quanto aos cuidados com essa doença que tem altas incidências na região Norte e no estado do Pará. 

• Palavras-chave
• Doença de Chagas, Epidemiologia, Notificação de doenças, Trypanosoma cruzi, Educação em saúde
• Área Temática
• Políticas Públicas em Saúde