Estresse, ansiedade e depressão em estudantes de uma escola médica

  • Autor
  • Gabriel Azevedo Parreira Martins
  • Co-autores
  • Luig Matias Barreiros Pires , Victor Bezerra da Silva , Vanderson Ribeiro Alves , Marília de Fátima Silva Pinheiro , Fabíola de Carvalho Chaves de Siqueira Mendes
  • Resumo
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    Introdução e Objetivo: a pandemia de covid-19 suscitou discussões sobre saúde mental devido aumento na prevalência de sintomas ansiosos e depressivos, sobretudo em populações vulneráveis. Estudantes de Medicina, desde a fase pré-vestibular ou durante o curso de graduação, parecem estar submetidos a intensa carga de atividades acadêmicas capazes de gerar esgotamento e estresse. Assim, com a recomendação da Organização Pan-Americana de Saúde de que a saúde mental deva estar no topo da agenda política pós pandemia, sob olhar atento de que transtornos mentais se tornem uma epidemia global, buscou-se analisar a prevalência de sinais e sintomas de ansiedade, depressão e estresse entre discentes de uma faculdade médica numa capital amazônida. Casuística e Método: foi realizado estudo transversal com alunos do 1º ao 12º períodos do curso, maiores de 18 anos, sendo a amostra por conveniência. Para estimativa dos sinais e sintomas, foi utilizada a versão em português do Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). Na análise, considerou-se a estatística descritiva dos dados. Parecer CEP 5.260.789. Resultados: a amostra foi de 588 participantes. Questionário DASS-21 revelou que a maioria dos alunos, em quase todos os períodos do curso, apresentou níveis de depressão leves ou dentro da normalidade, sendo exceção para o 1º período, no qual o moderado se equiparou ao leve/normal (33,3%). Houve aumento no valor percentual do nível moderado no 6º (21,8%) e 7º períodos (28,1%), com ausência de níveis grave e muito grave no 12º período e pequena quantidade com esse perfil no 11º (3,7%). Quanto aos níveis de ansiedade, houve predomínio do normal em quase todos os períodos, com exceção do 1º, no qual predominou o moderado (19,04%), grave (19,04) e, sobretudo, muito grave (30,95%). Apesar do predomínio dos níveis de normalidade na maioria, o muito grave de ansiedade foi mais prevalente entre os períodos do curso, quando comparado ao de depressão. Quanto aos níveis de estresse, predominou níveis normais em quase todos os períodos, com exceção do 1º, sendo o moderado (30,95%). Houve redução significativa dos níveis graves e muito graves no último ano do curso (0%), sendo que o período com maior valor percentual de muito grave foi o 10º (25%). Discussão: chama a atenção níveis moderados de depressão, ansiedade e estresse já no início do curso que podem estar relacionados às características deste ou mesmo às repercussões da pandemia. Conclusão: diferentes níveis de severidade para sintomas de depressão, ansiedade (principalmente esta) e estresse foram observados ao longo do curso, com destaque para níveis de moderado a muito grave já no primeiro período de curso e menores níveis nos outros semestres. É importante, com vistas em intervenções futuras, conhecer essa realidade de modo a serem estimulados diálogos entre escola médica e familiares já no acolhimento de calouros, por exemplo.

     

  • Palavras-chave
  • ansiedade, depressão, estresse, estudantes de medicina, saúde mental.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Tereza Cristina de Brito Azevedo

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