PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA CHIKUNGUNYA NO BRASIL ATÉ A SEMANA 19 DE 2024

  • Autor
  • Davi Felipe Nóbrega Silva
  • Co-autores
  • Pedro Henrique Rodrigues Ferreira , Fernando Freitas da Silva Pinto , Pedro Silva Lima , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Marcus Paulo Oliveira Lopes , João Lucas Lalor Tavares , Francimeiry de Nazaré Maués Rodrigues , Daynara Sarges Ferreira , Ernani dos Santos Carneiro Netto
  • Resumo
  • A chikungunya é uma doença viral caracterizada por febre alta e dores intensas nas articulações, podendo levar a complicações crônicas debilitantes. No Brasil, emergiu como uma importante preocupação de saúde pública a partir de 2014. Desde então, o vírus se espalhou rapidamente, afetando todas as regiões brasileiras e provocando surtos de elevada magnitude. A compreensão do perfil epidemiológico da chikungunya é crucial para a implementação de estratégias de prevenção e controle. Objetivo: Avaliar os aspectos epidemiológicos da febre chikungunya no Brasil até a semana epidemiológica 19 de 2024. Metodologia: Este estudo foi realizado sob um desenho observacional transversal, de base secundária e análise quantitativa. Utilizamos dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) por meio da ferramenta TABNET. Para a coleta de dados, focamos nos casos prováveis de chikungunya, excluindo as categorias "IGN/BRANCO" e "Descartado". Os dados analisados abrangem o período de 2023 e 2024, e as variáveis avaliadas incluíram região, taxa de incidência, número de óbitos e ano de ocorrência. Resultados: Até a SE 19, ocorreram 110.153 casos prováveis de chikungunya no Brasil (taxa de incidência de 50,60/100 mil habitantes), um aumento de 27,3% em relação ao ano anterior. A região Sudeste apresentou a maior taxa de incidência de chikungunya, com 93,79 casos/100 mil habitantes, seguida pela região Centro-Oeste (84,01 casos/100 mil habitantes), Nordeste (15,79 casos/100 mil habitantes), Norte (3,06 casos/100 mil habitantes), e a região Sul (0,38 casos/100 mil habitantes). A região com o maior aumento de incidência em relação ao mesmo período do ano passado foi a região Centro-Oeste, com aumento de 5,38 vezes. Em relação às unidades federativas, os maiores coeficientes de incidência estão em Minas Gerais (369,26 casos a cada 100 mil habitantes) e Mato Grosso (202,88 casos a cada 100 mil habitantes). Até a semana epidemiológica 19, houve 95 óbitos por agravo notificado, sendo Minas Gerais, com 62 óbitos, a unidade federativa com maior número de mortes. Contudo, até a SE 19, havia 52 óbitos em investigação, que podem ser confirmados ou descartados nas próximas semanas. Considerações Finais: Os resultados deste perfil epidemiológico demonstram um aumento significativo nos casos de chikungunya no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além disso, a alta taxa de mortalidade em Minas Gerais e o número crescente de casos em investigação reforçam a importância de melhorar a infraestrutura de saúde, focando no diagnóstico precoce e tratamento adequado. Portanto, é essencial adotar uma abordagem integrada para o controle da chikungunya, com políticas públicas baseadas em evidências e campanhas de conscientização. A colaboração entre os setores de saúde pública é crucial para mitigar os impactos da doença e melhorar a qualidade de vida da população.

  • Palavras-chave
  • chikungunya, incidência, epidemiologia.
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza