SÍFILIS EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA-PA, UM DESAFIO PARA SAÚDE PÚBLICA.

  • Autor
  • Neuzileny Nery Ferreira Silva
  • Co-autores
  • George de Almeida Marques , Jaqueline de Lima Gomes da Silva , Kamila de Oliveira Pinheiro Rodrigues , Max Kedley Maranhão4
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO

    A sífilis é uma doença infecciosa crônica e sistêmica, transmitida pela bactéria Treponema pallidum, com rápida disseminação e várias manifestações clínicas. Na gestação, a sífilis é comum e pode causar a sífilis congênita (SC), uma complicação grave que afeta cerca de 50% dos recém-nascidos com sequelas físicas, sensoriais ou de desenvolvimento, e pode levar à perda fetal e perinatal. As gestantes devem receber atendimento pré-natal completo, garantido pelo SUS, com foco na saúde materno-fetal. A vigilância da sífilis gestacional visa identificar casos para prevenção e controle, monitorar o perfil epidemiológico e avaliar medidas para eliminar a sífilis congênita. O estudo é relevante devido à importância da sífilis gestacional como problema de saúde pública e à necessidade de compreender a evolução dos casos em Bragança, Pará.

    OBJETIVO:

    Analisar os casos de sífilis em gestantes no Município de Bragança-Pá, entre os anos de 2017 e 2021.

    MATERIAL E MÉTODOS:

    Este estudo exploratório, ecológico, descritivo e retrospectivo de abordagem quantitativa utilizou dados públicos do aplicativo TABNET do DATASUS e da Vigilância Epidemiológica de Bragança. A pesquisa incluiu todos os casos confirmados de sífilis gestacional (n=317) entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021 em Bragança (PA). A taxa de incidência da sífilis gestacional foi calculada dividindo-se o número de casos detectados entre gestantes pelo número total de nascidos vivos dessas mulheres, conforme os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), e multiplicado por mil.

    RESULTADO E DISCUSSÃO:

    Entre 2017 e 2021, Bragança registrou 317 casos de sífilis gestacional, com aumento significativo em 2021 (79 casos). O crescimento dos casos está ligado à falta de informação sobre ISTs, baixa adesão à prevenção e tratamento, e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Apesar das recomendações do Ministério da Saúde, esses desafios persistem. A cobertura adequada de pré-natal é crucial para reduzir os casos de sífilis gestacional, dependendo da eficácia das políticas públicas e do esforço conjunto dos profissionais de saúde, gestantes e seus parceiros. Abordar esses fatores pode reduzir os casos de sífilis em gestantes e prevenir a transmissão vertical.

     CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Bragança registrou um número significativo de gestantes com sífilis, ressaltando a necessidade de prevenção por meio de educação sexual, uso de preservativos, diagnóstico precoce e tratamento adequado. A alta taxa de sífilis gestacional representa um desafio para a saúde pública, destacando a importância do pré-natal completo e dos exames necessários. Seguir as orientações dos profissionais de saúde é crucial para evitar complicações para a mãe e o feto, garantindo uma gestação saudável.

     

  • Palavras-chave
  • Sífilis. Infecção sexualmente transmissível. Gravidez.
  • Área Temática
  • Políticas Públicas em Saúde
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Boa leitura!

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Dirceu Cavalcanti Rigoni

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Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza