Introdução e objetivo: A epilepsia é definida como uma condição neurológica crônica na qual há a predisposição persistente do cérebro para gerar crises epilépticas recorrentes. No contexto global, segundo a Organização Mundial da Saúde, a epilepsia é uma das doenças neurológicas mais comuns do mundo, afetando cerca de 50 milhões de pessoas. O objetivo da pesquisa foi avaliar e comparar a eficácia do eletroencefalograma e do vídeo eletroencefalograma no diagnóstico de epilepsia,. Casuística e método: Esta pesquisa foi uma revisão integrativa de literatura. A seleção dos estudos foi efetuada por meio das bases de dados PubMed e Portal de Periódicos da Capes. Foram encontrados 20 artigos e após a triagem pelos critérios de inclusão e exclusão, restaram 6 artigos para a elaboração desta revisão. Resultados:Estima-se que cerca de 2% da população brasileira é acometida pela doença, sendo que pelo menos 25% dos pacientes com a condição encontram-se em estado grave. Para a realização do diagnóstico, é possível realizar um esquema em múltiplos níveis. Inicialmente deve-se determinar se o evento é uma crise epiléptica ou evento paroxístico, por meio da investigação dos achados clínicos, além de dados de exames complementares, como o eletroencefalograma (EEG) e o vídeo-eletroencefalograma (vídeo-EEG). Em seguida, classifica-se a epilepsia conforme o(s) tipo(s) de crise(s). No terceiro nível, tenta-se identificar uma síndrome epiléptica, o qual pode ser diagnosticada pela combinação de características clínicas, eletroencefalográficas, imagenológicas e etiológicas. Por fim, define-se a etiologia da epilepsia. Discussão:Acerca do eletroencefalograma (EEG), trata-se de um exame não invasivo que mede a atividade elétrica do cérebro, o qual pode detectar padrões anormais associados a crises epilépticas, como as descargas epileptiformes intersticiais (IEDs). No entanto, apresenta algumas limitações devido à gravação ser de curta duração, logo pode não detectar os sinais das crises que ocorrem esporadicamente ou apenas durante o sono. Além disso, a sensibilidade e a especificidade do EEG dependem de alguns fatores, como idade, estado epiléptico, frequência de convulsões. Quanto ao vídeo-eletroencefalograma (vídeo-EEG), é uma técnica aprimorada da EEG convencional, pois o monitoramento ocorre de forma prolongada, geralmente em 24h, e correlaciona com os comportamentos clínicos. Além do diagnóstico, é possível classificar o tipo da crise, além de caracterizar as anomalias intertictais e ictais do EEG, principalmente em casos refratários. As diferenças entre os dois métodos de diagnósticos, EEG e vídeo-EEG, revelam que ambos têm a sua utilidade no diagnóstico e no prognóstico, porém cada um apresenta suas limitações.Conclusão: Desse modo, sugere-se que ainda há lacunas na compreensão comparativa entre ambos os métodos, apontando a necessidade de estudos que explorem tanto o critério diagnóstico, quanto o prognóstico desses pacientes.
É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".
Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.
Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.
Boa leitura!
A Comissão Científica
Comissão Organizadora
Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente
Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra
Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva
Dr. Francisco Eratóstenes da Silva
Dr. Heryvelton Lima de Freittas
Dra. Brenda Faccio dos Santos
Dr. Otávio Guilhon
Dra. Ana Claudia Santana
Dr. Juciland de Sena Gama
Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo
Dr. José Roberto
Dra. Valéria Barbosa Pontes
Comissão Científica
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Lauro José Barata de Lima
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Marianne Rodrigues Fernandes
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Comissão Avaliadora
David José Oliveira Tozetto
Diana Albuquerque Sato
Dirceu Cavalcanti Rigoni
Eric Homero Albuquerque Paschoal
Janari da Silva Pedroso
Juliana de Araújo Borges Ferreira
Lauro José Barata de Lima
Luiz Felipe Santiago Bittencourt
Maria de Fátima Guimarães Couceiro
Marianne Rodrigues Fernandes
Tereza Cristina de Brito Azevedo
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza