OTIMIZAÇÃO DE CURVA PADRÃO PARA O CORANTE AZUL DE JENIPAPO

  • Autor
  • Roberta Louise Dias Rodrigues
  • Co-autores
  • Adilson Talis Ferreira dos Santos , Laura Coutinho Viana , Carlos Salomão Cordovil dos Santos , Adriano Silva de Souza , Julie Moraes Araujo , Paulo Henrique da Mata Lima , Edson Yuzur Yasojima , Vera Lucia Dias da Silva , Rosemary Maria Pimentel Coutinho
  • Resumo
  •  

    d) Introdução e Objetivo

    A indústria farmacêutica e cosmética busca antioxidantes naturais como alternativa aos sintéticos em formulações tópicas devido à baixa toxicidade. O corante azul do jenipapo (Genipa americana L.) é rico em compostos bioativos, como fenólicos, iridóides e genipina, conferindo propriedades antioxidantes, antimicrobianas, antitumorais e antiproliferativas. Além de prover reações biofuncionais, como imobilização de enzimas e liberação gradativa de fármacos. Este estudo visou otimizar uma curva padrão espectrofotométrica para quantificação dos extratos obtidos.

    e) Casuística e Método

    Os frutos de jenipapo foram coletados na Ilha das Onças, em Barcarena/PA, higienizados em água corrente e secos. Em seguida, foram cortados manualmente para extração do endocarpo e sementes, que foram macerados a frio. Posteriormente, o material foi filtrado a vácuo e concentrado em banho-maria a 50°C por 6 horas. Após resfriamento à temperatura ambiente, o extrato foi centrifugado a 3000 rpm por 20 minutos e armazenado em frasco âmbar sob refrigeração a 4°C. Para o preparo das soluções diluídas, retirou-se 1 mL do extrato na relação de 1:9 extrato/solvente. Foram testados cinco solventes: álcool etílico P.A e a 70%; metanol P.A; álcool etílico P.A e ácido clorídrico (HCl 1,5 N) na proporção de 6:1. As leituras de absorbância para determinação da genipina foram realizadas a 630 nm, utilizando um espectrofotômetro UV-Vis de feixe único (Shimadzu, UV Mini1240). A partir de cinco curvas, otimizou-se os parâmetros da curva-padrão para quantificação da genipina.

    f) Resultados

    O fruto verde de jenipapo, quando oxidado, produziu um corante azul escuro com melhor solubilidade em etanol e ácido clorídrico a 1,5N (6:1). Frutos mais maduros forneceram um extrato esverdeado nas mesmas condições. Para obter uma solução cristalina, os extratos foram submetidos em duas etapas de centrifugação, inicialmente a 3000 rpm e depois a 6000 rpm. A solução inicial de pH 5.2 foi ajustada para pH 3.0, condição ótima de extração à temperatura ambiente. As absorbâncias de genipina variaram de 0 a 0,91 (R=0,992), confirmando a eficácia do método.

    g) Discussão

    A extração do corante azul do jenipapo é complexa, impulsionando a pesquisa por alternativas. A maturação do fruto influencia a qualidade e solubilidade do corante, sendo os frutos verdes mais adequados. A alta correlação linear entre a concentração do extrato e a absorbância permitiu a criação de uma curva padrão confiável para futuras quantificações.

    h) Conclusão

    A curva padrão otimizada para o corante azul de jenipapo estabeleceu uma metodologia confiável e precisa para a quantificação desse bioativo em diferentes extratos vegetais. Esse avanço metodológico foi fundamental para garantir a qualidade e consistência dos resultados analíticos, contribuindo para o desenvolvimento de produtos de alta qualidade que aproveitam o potencial antioxidante e outras propriedades benéficas do corante azul de jenipapo.

     

  • Palavras-chave
  • amazônia, bioativos, jenipapo, antioxidante.
  • Área Temática
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
Voltar

É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

A Comissão Científica

  • Telemedicina
  • Direito Médico
  • Medicina do Esporte
  • Políticas Públicas em Saúde
  • Gestão e Sustentabilidade em Saúde
  • Epidemias Globais
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
  • Evolução dos Fármacos
  • Educação Financeira
  • Cooperativismo

Comissão Organizadora

Dr. José Rufino Costa dos Santos - Presidente

Dr. Habib Fraiha Neto - Predidente de Honra

 

Dr. Pedro Celeste Noleto e Silva

Dr. Francisco Eratóstenes da Silva

Dr. Heryvelton Lima de Freittas

Dra. Brenda Faccio dos Santos

Dr. Otávio Guilhon

Dra. Ana Claudia Santana

Dr. Juciland de Sena Gama

Dr. José Mariano de Melo Cavaleiro de Macedo

Dr. José Roberto

Dra. Valéria Barbosa Pontes

 

Comissão Científica

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Lauro José Barata de Lima

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Marianne Rodrigues Fernandes

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza

Eric Homero Albuquerque Paschoal

 

Comissão Avaliadora

David José Oliveira Tozetto 

Diana Albuquerque Sato

Dirceu Cavalcanti Rigoni

Eric Homero Albuquerque Paschoal

Janari da Silva Pedroso

Juliana de Araújo Borges Ferreira

Lauro José Barata de Lima

Luiz Felipe Santiago Bittencourt

Maria de Fátima Guimarães Couceiro

Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza