Perfil Epidemiológico dos Óbitos por Dengue em Hospitalizações no Brasil entre 2021 e 2024

  • Autor
  • Cauê Santos Rabelo Mendes
  • Co-autores
  • Rodrigo Ormanes Massoud , Antônia Evelyn Albuquerque Costa , Isabella Tavares Moura
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A dengue é uma doença infecciosa de quadro clínico caracterizado por febre e dores generalizadas no corpo, com possível evolução para sangramentos internos e externos. Nesse contexto, a dengue apresenta-se como um desafio para a saúde pública não só pela rápida evolução do paciente, como também pela transmissão causada por mosquitos, sobretudo a espécie Aedes Aegypti. Diante disso, é fundamental compreender a epidemiologia dessa doença no contexto nacional, a fim de determinar fatores associados à maior mortalidade de internações. Portanto, o objetivo da pesquisa é avaliar o perfil epidemiológico dos óbitos por dengue em hospitalizações no Brasil entre 2021 e 2024. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e transversal, realizado a partir de dados do DATASUS, envolvendo os óbitos em hospitalizações devido à dengue na rede pública. Entre os anos de 2021 e 2024, foram analisadas as variáveis: ano, faixa etária, escolaridade e sorotipo. RESULTADOS: Foram encontrados um total de 4.004 óbitos por dengue em hospitalizações no Brasil durante o período selecionado, o qual apresentou o ano de 2024 como o de maior mortalidade pela patologia, representando 1.987 óbitos (49,4%). Considerando o perfil das mortes, o público mais acometido foi de idosos com mais de 70 anos, dos quais 1.808 (44,7%) dos hospitalizados faleceram. Para além da idade, a escolaridade também apresentou resultados significativos, demonstrando que indivíduos analfabetos e com ensino fundamental incompleto representaram 22,37% dos óbitos. Por fim, o sorotipo DEN1 foi o que obteve maior número de óbitos (669 indivíduos), enquanto o sorotipo DEN3 obteve a maior taxa de mortalidade (13,15%). DISCUSSÃO: Dessa forma, verifica-se que houve um aumento considerável de incidência entre 2024 e os demais anos estudados, o que se justifica pelo surto atual da doença no Brasil. Nesse contexto, nota-se que a faixa etária de idosos representa a maior incidência de óbitos devido a deficiência imunológica da senilidade. Para além do público idoso, a baixa escolaridade se demonstrou como um fator de risco para a mortalidade por dengue, o que se dá pela ausência de conhecimento acerca das medidas de proteção contra a proliferação do vetor. Por fim, notou-se que o maior número de óbitos ocorreu em pacientes infectados pelo sorotipo DEN1, o que se justifica pela sua maior capacidade de surto e disseminação, sendo contrário à maior taxa de mortalidade, a qual foi encontrada em indivíduos acometidos por DEN3, corroborando a maior proporção de óbitos desse sorotipo. CONCLUSÃO: A partir do estudo realizado, é possível inferir que a mortalidade por dengue em ambiente hospitalar é influenciada diretamente por diversos fatores, como a idade, a escolaridade e o sorotipo específico da doença.

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, Dengue, Hospitalizações
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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