Perfil epidemiológico de casos notificados de aids/HIV no estado do Pará entre os anos de 2019 e 2023

  • Autor
  • Marcus Paulo Oliveira Lopes
  • Co-autores
  • João Lucas Lalor Tavares , Lucas Alexandre Ferreira de Sousa , Pedro Henrique Rodrigues Ferreira , Pedro Silva Lima , Fernando Freitas da Silva Pinto , Davi Felipe Nóbrega Silva
  • Resumo
  • Introdução e objetivo: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um retrovírus que ataca os linfócitos TCD4, cruciais para a defesa do corpo. Quando não tratado, o HIV pode levar à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), condição na qual o sistema imunológico fica gravemente comprometido, tornando o corpo vulnerável a infecções oportunistas. A transmissão ocorre por três principais vias: contato sexual, inoculação parenteral e passagem do vírus da mãe infectada para o neonato. O estudo objetivou caracterizar o perfil epidemiológico da AIDS entre os anos de 2019 e 2023 no estado do Pará. Casuística e Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa. Analisou-se dados secundários de casos notificados coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2019 a 2023, com ênfase nas variáveis: sexo, etnia, escolaridade, categoria de exposição hierárquica dos sorotipos e faixa etária. Resultados: No período analisado foram notificados 8.748 casos na Região Norte. Em relação ao Estado do Pará, percebeu-se que houve 2.806 casos notificados no período analisado, com maior número de notificações ocorrendo no ano de 2022 (n = 742 casos; 26%). Do total analisado no período, observou-se predominância no sexo masculino (n = 1.983 casos; 70%), em relação ao sexo feminino (n = 823 casos; 29%). Em relação à etnia, houve predomínio de casos em indivíduos pardos (n = 2.230 casos; 79%). Acerca da escolaridade, indivíduos com somente ensino médio completo foram o grupo mais notificado (n = 632 casos; 22,5%). Concernente à categoria de exposição hierárquica, o grupo heterossexual foi o mais afetado (n = 1.625 casos; 58%). A faixa etária com mais notificações foi a de 20-34 anos (n = 1.177 casos; 42%). Discussão:  No início da epidemia, a transmissão era comum entre homens que fazem sexo com homens. Hoje, a transmissão heterossexual cresce, afetando mais mulheres, embora os homens ainda sejam os mais impactados. Estudos apontaram queda nos casos de AIDS na população branca brasileira, e aumento dos casos entre pardos e negros. Assim, esperava-se campanhas governamentais que abordassem temas relacionados à questão racial, no entanto, foi notável uma disparidade na abordagem dos conteúdos promovidos pelas políticas públicas. Estudos apontam que indivíduos menos escolarizados têm pouco conhecimento sobre o HIV/AIDS, resultando em práticas inadequadas. O maior impacto na faixa etária 20-34 anos é explicado pelo fato do HIV afetar principalmente jovens adultos, destacando a necessidade de campanhas de prevenção para esse grupo. Conclusão: Conclui-se que é necessário implementar políticas públicas que incluem todos os segmentos populacionais. Essas medidas não devem ser apenas complementares às campanhas visuais, mas devem incluir um conteúdo científico estratégico, abordando com cada grupo informações sobre prevenção do HIV, convivência e superação do estigma e preconceito relacionados ao HIV/AIDS. 

  • Palavras-chave
  • Aids, HIV, epidemiologia, perfil de saúde
  • Área Temática
  • Epidemias Globais
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

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Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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