Análise das propriedades farmacodinâmicas do colágeno extraído das vísceras de pescados a partir de revisão de literatura.

  • Autor
  • Laura Coutinho Viana
  • Co-autores
  • Camila Ataíde de Lima Nascimento , Rebeca Ferreira Ribeiro , Vitor Sidônio da Silva , Roberta Louise Dias Rodrigues , Adilson Talis Ferreira dos Santos , Pedro Arthur Rodrigues de Oliveir , Vera Lucia Dias da Silva , Rosemary Maria Pimentel Coutinho
  • Resumo
  • Introdução e Objetivo: O mercado de pescados é um importante setor na região amazônica, porém, traz consigo o desafio quanto aos resíduos gerados pelo processamento e comercialização. Associado a isto, tem se estudado o reaproveitamento de subprodutos derivados dos peixes, com intuito de extrair bioativos de alto valor agregado, sendo o colágeno o principal deles. O colágeno tipo 1 é um componente orgânico abundante na derme humana e nos peixes tropicais. Quando isolados podem ser usados em terapias de cicatrização e crescimento celular. O objetivo deste trabalho é reunir informações acerca das propriedades farmacodinâmicas do colágeno nas cicatrizações, comparando-as com outros bio colágeno já comercializados. Casuística e Método:  Trata-se de uma revisão sistemática de literatura que se baseou na busca de estudos nas seguintes plataformas de pesquisa: LILACS, MEDLINE, Scielo e Biblioteca Virtual de Saúde. Foram pesquisados artigos que abordassem no título os termos (“BIO-COLAGENO” AND “PESCADOS” AND “APLICAÇÃO” AND “FARMACOLOGIA”), no período de 2020 a 2024, selecionando apenas estudos experimentais e revisões elaboradas, totalizando 13 artigos encontrados. Foram analisados os objetivos e resultados de forma a excluir conteúdo sobrepostos e não conclusivos e os dados mais relevantes foram reunidos neste presente estudo. Resultados: As espécies mais utilizadas são: Oreochromis niloticus, Cyprinus carpio e Epinephelus spp. O colágeno é obtido a partir da pele, vísceras e escamas dos peixes e a variação de rendimento é cerca de 2-10% de peso seco a depender da espécie.  A extração bovina ainda possui maior rendimento com até 15% de peso seco. Entretanto, o colágeno de pescados pode apresentar maior pureza devido à ausência de peptídeos comuns nos subprodutos bovinos ou suínos os quais favorecem a ocorrência de episódios alérgicos e possuem maior risco de transmissão de doenças. Em testes in vitro, utilizando o colágeno da escama do peixe tilápia, seus constituintes foram capazes de penetrar a derme e realizar interações na estrutura celular dos fibroblastos, acelerando o processo de repitelização e angiogênese. Os estudos constataram que a partir da hidrolização, o gel obtido do colágeno possui viscosidade e a porosidade compatível com a oxigenação do tecido subjacente. Discussão: O colágeno extraído das vísceras de pescados, especialmente de espécies como tilápia e carpa, possui propriedades farmacodinâmicas promissoras para terapias de cicatrização e crescimento celular. Comparado ao colágeno bovino, o colágeno de pescado se destaca pela pureza e menor risco de reações alérgicas e doenças, além de reduzir resíduos do setor pesqueiro. Conclusão: O colágeno de pescado é uma alternativa sustentável e segura para aplicações farmacológicas e cosméticas, promovendo a sustentabilidade e o aproveitamento integral dos recursos pesqueiros, sendo portanto, primordial investir em estudos que aprimorem seu uso farmacológico.

     
  • Palavras-chave
  • colágeno, pescados, subprodutos
  • Área Temática
  • Inovações Tecnológicas em Saúde
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É com grande satisfação que apresentamos os Anais do XX Congresso Médico Amazônico, um compêndio que reúne os principais trabalhos e pesquisas apresentados durante o evento. Realizado de 16 a 18 de agosto de 2024, este congresso foi um marco na discussão sobre "Sustentabilidade e Saúde na Amazônia: Desafios e Oportunidades para a Cop 30".

Os Anais refletem a diversidade e a profundidade dos temas abordados, incluindo estudos inovadores, experiências práticas e debates teóricos que englobam as áreas de saúde, sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas na região amazônica. Esta coletânea é uma fonte valiosa de conhecimento para profissionais, acadêmicos, estudantes e todos os interessados na interseção entre saúde e meio ambiente.

Esperamos que esta publicação inspire novas pesquisas, promova a troca de conhecimentos e fortaleça o compromisso com a preservação da Amazônia e a saúde de suas populações. Agradecemos a todos os autores e participantes que contribuíram para o sucesso do Congresso e para a construção deste importante registro científico.

Boa leitura!

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Marianne Rodrigues Fernandes

Tereza Cristina de Brito Azevedo

Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza