A Expansão da Telemedicina na Saúde da Região Norte: Uma Perspectiva de benefícios e desafios.

A Expansão da Telemedicina na Saúde da Região Norte: Uma Perspectiva de benefícios e desafios.

• Autor
• Laura Coutinho Viana
• Co-autores
• Camila Ataíde de Lima Nascimento , Rebeca Ferreira Ribeiro , Victor Sidônio da Silva , Roberta Louise Dias Rodrigues , Adilson Talis Ferreira dos Santos , Pedro Arthur Rodrigues de Oliveir , Francisco das Chagas Soares Neto , Vera Lucia Dias da Silva , Rosemary Maria Pimentel Coutinho
• Resumo

•  

  Introdução e Objetivo: A região Norte do Brasil possui uma das menores densidades de médicos por habitante no país, com aproximadamente 1,65 médicos por mil habitantes, de acordo com dados de 2023. Neste cenário, a telemedicina surge como uma solução promissora para suprir essa escassez de profissionais, oferecendo modalidades como teleconsulta, teleinterconsulta e telediagnóstico, que favorecem o acesso aos serviços de saúde. Este estudo tem como objetivo analisar os principais desafios na implementação da telemedicina na região Norte e avaliar seu impacto na assistência à saúde das populações através de uma revisão sistemática da literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, no qual os dados extraídos dos artigos selecionados foram agrupados nos principais tópicos: infraestrutura, capacitação de profissionais, custos e impacto no atendimento à saúde. A análise qualitativa permitiu identificar padrões e variações nos desafios e benefícios relatados. A busca foi realizada nas plataformas LILACS, MEDLINE, SciELO e Biblioteca Virtual de Saúde, selecionando estudos publicados entre 2020 a 2024. Ao total, foram selecionados 14 artigos para leitura na íntegra e os dados mais relevantes foram extraídos e sintetizados neste presente estudo. Resultados: Durante a pandemia de COVID-19 em 2020, a Lei Nº 13.989 foi aprovada, oficializando o uso da telemedicina como suporte durante a crise. Desde então, essa alternativa passou a ser vista como promissora na cobertura de saúde no país. Em 2022, foram realizadas aproximadamente 982.117 teleconsultas por profissionais de saúde em todo o Brasil, sendo o Sudeste a região com maior concentração de atendimentos (71,26%) e a região Norte a menos favorecida, com cerca de 8,84% dos atendimentos. A implementação da telemedicina na região Norte do Brasil enfrenta desafios significativos, como a falta de infraestrutura adequada para internet em muitas áreas rurais e remotas, onde aproximadamente 34% da população reside. Além disso, a baixa capacitação em tecnologias digitais entre os profissionais de saúde e os elevados custos de instalação e manutenção das tecnologias necessárias são obstáculos para muitas comunidades. Discussão: A falta de subsídio adequado para a expansão da telemedicina compromete a qualidade dos atendimentos a distância, agravando a desigualdade no acesso aos serviços de saúde em uma região geograficamente desafiadora. A teleconsulta é especialmente útil para o atendimento especializado em áreas distantes ou comunidades dispersas, onde a escassez de profissionais retarda diagnósticos e tratamentos necessários, resultando em perda de seguimento por parte dos pacientes. Conclusão: É necessário fortalecer parcerias público-privadas para mobilizar recursos de empresas de tecnologia e telecomunicações em áreas distantes, além de envolver a ação governamental para estimular a capacitação dos profissionais de saúde, visando fortalecer a atuação em suas comunidades.

• Palavras-chave
• telemedicina, norte, pará
• Área Temática
• Telemedicina